Preparem seus guarda-chuvas e desempoeirem suas bolas de cristal, nerds! Wandinha Addams está de volta à Netflix para a segunda temporada (parte 1) e, como bom fã da
Preparem seus guarda-chuvas e desempoeirem suas bolas de cristal, nerds! Wandinha Addams está de volta à Netflix para a segunda temporada (parte 1) e, como bom fã da macabra família, eu não podia estar mais hypado. A primeira temporada nos apresentou a um universo gótico e cheio de mistérios na Academia Nevermore, e agora, com novos personagens e segredos sinistros, será que a série mantém o nível? Vem comigo que eu te conto tudo, sem spoilers!
A nova temporada traz um elenco renovado para Nevermore, com Steve Buscemi como o novo diretor Dort, um cara que parece ter saído diretamente de um filme do Tim Burton (e isso é um elogio!). Billie Piper interpreta a professora de música Isadora Capri, e Thandiwe Newton é a Dra. Rachael Fairburn, responsável pelo asilo local, Willow Hill. E não para por aí! Enid ganha um novo admirador, Bruno (Noah B. Taylor), e Wandinha… bem, digamos que ela tem um fã-clube peculiar.
É interessante ver como a série explora a relação entre “normies” e párias, um tema que me lembra um pouco “X-Men”, mas com um toque dark e gótico. A inclusão de Willow Hill como um ponto central da trama é um acerto, adicionando camadas de mistério e suspense. E preparem-se, porque parece que ninguém está a salvo! A ameaça de morte paira sobre os personagens, elevando as apostas e nos deixando roendo as unhas.
Se tem uma coisa que me incomodou um pouco nessa primeira parte da temporada, é o ritmo. Demora um tempo para o mistério principal se desenvolver, e com tantos personagens novos, alguns rostos conhecidos acabam ficando de lado. Bianca e Ajax, por exemplo, perdem um pouco do protagonismo que tiveram na primeira temporada. Até a Enid, que era quase uma co-protagonista, parece um pouco apagada nos primeiros episódios.
É como se a série estivesse tentando equilibrar duas histórias: a vida adolescente de Wandinha em Nevermore e a investigação de um mistério sinistro ligado a Willow Hill. Na primeira temporada, essa mistura funcionou bem, mas aqui, parece que uma história ofusca a outra. Particularmente, a trama de Willow Hill me fisgou muito mais, e as cenas em Nevermore acabaram parecendo um pouco “filler”.
Apesar dos problemas de ritmo, a relação entre Wandinha e Mortícia é um dos pontos altos da temporada. Catherine Zeta-Jones e Jenna Ortega brilham em cena, e a dinâmica entre mãe e filha é ao mesmo tempo engraçada e emocionante. A chegada da mãe afastada de Mortícia, interpretada por Joanna Lumley, adiciona ainda mais camadas à história da família Addams.
É interessante ver como a série explora os poderes de Wandinha e Mortícia, revelando segredos sobre o passado da família. A teimosia de Wandinha em resolver seus problemas entra em conflito com o desejo de Mortícia de protegê-la, criando momentos de tensão e afeto. Essa dinâmica me lembrou um pouco a relação entre Harry e Snape em “Harry Potter”, com um toque gótico e sarcástico, é claro.
No geral, a primeira parte da segunda temporada de “Wandinha” é divertida e cheia de referências à cultura pop e à família Addams. A direção de Tim Burton no primeiro episódio é um show à parte, com sequências em stop motion que parecem ter saído diretamente de seus filmes. No entanto, o ritmo lento e a falta de foco em alguns personagens podem incomodar alguns fãs.
A divisão da temporada em duas partes também é um ponto negativo, já que a trama é interrompida justamente quando está ficando interessante. Mas, com uma terceira temporada já confirmada, podemos esperar que a segunda parte seja ainda mais sombria e emocionante. Se você é fã da Wandinha e da família Addams, vale a pena dar uma chance para essa nova temporada. Mas prepare-se para ter um pouco de paciência!
