“Videophobia”: Terror Japonês Explora Vingança e Abuso em Era Digital

Prepare a pipoca (e talvez um cobertor para se esconder atrás dele)! A Filmicca acaba de adicionar ao seu catálogo o filme “Videophobia”, um terror japonês independente que vai te fazer repensar duas vezes antes de usar a câmera do seu celular. Lançado originalmente em 2019 e dirigido por Daisuke Miyazaki, o filme mergulha em temas pesados como abuso sexual e vingança na era digital, tudo isso com uma estética que lembra os J-Horror clássicos, mas com uma pegada bem mais moderna.

Um Mergulho no Lado Sombrio da Era Digital

“Videophobia” nos apresenta a uma jovem que tem sua vida virada de cabeça para baixo ao descobrir que foi vítima de uma gravação íntima não consensual. Como se não bastasse a invasão de privacidade, o vídeo vaza na internet, expondo-a a um nível de vulnerabilidade inimaginável. A partir daí, acompanhamos sua jornada, marcada por paranoia e um desejo crescente por justiça.

A Vingança como Prato (Muito) Frio

O filme não foge de temas delicados e explora a vingança como uma possível resposta ao trauma. Particularmente, acho interessante como o terror japonês, em geral, consegue abordar esses temas com uma sensibilidade única, sem cair em sensacionalismo. “Videophobia” parece seguir essa linha, nos forçando a refletir sobre as consequências da cultura da exposição e da objetificação do corpo feminino.

Referências e Semelhanças: De “Ring” a “Perfect Blue”

Quem curte J-Horror com certeza vai encontrar ecos de clássicos como “Ring” (O Chamado) na atmosfera de suspense e no uso de elementos tecnológicos como catalisadores do terror. Além disso, a temática da paranoia e da perda de identidade me lembrou um pouco de “Perfect Blue”, a animação icônica de Satoshi Kon, que também explora os perigos da fama e da exposição midiática.

Por que Assistir (Com Cautela)

Se você é fã de terror psicológico e não se incomoda com temas pesados, “Videophobia” pode ser uma experiência cinematográfica impactante. A direção de Daisuke Miyazaki parece promissora, e a premissa do filme é extremamente relevante nos dias de hoje, onde a privacidade parece ser um luxo cada vez mais raro.

**ATENÇÃO:** Vale lembrar que o filme é para maiores de 18 anos e lida com temas que podem ser gatilhos para algumas pessoas. Se você ou alguém que você conhece precisa de ajuda, entre em contato com a Central de Atendimento à Mulher (180).