Se você é do tipo que curte um bom desafio mental, prepare a pipoca e a caneta! A lista a seguir reúne filmes que vão te fazer questionar a realidade, o tempo, e até a sanidade. De clássicos cult a obras experimentais, prepare-se para uma maratona de filmes que exigem mais do que apenas olhos abertos. Será que você tem o que é preciso para decifrar esses enigmas cinematográficos?

‘Eraserhead’ (1977): O estranho mundo de David Lynch

David Lynch é um mestre em criar atmosferas surreais e perturbadoras, e “Eraserhead” é a prova disso. O filme, que narra as ansiedades da paternidade de forma bem… peculiar, é um mergulho no inconsciente. Prepare-se para cenas bizarras e uma estética em preto e branco que intensifica a sensação de desconforto. Particularmente, acho esse filme a cara daqueles pesadelos que a gente tem depois de comer muito doce antes de dormir.

‘Primer’ (2004): Viagem no tempo para nerds

Com um orçamento baixíssimo, “Primer” entrega uma trama intrincada sobre viagem no tempo que desafia qualquer um. Prepare-se para diagramas e teorias mirabolantes, porque aqui a ciência é levada a sério. Se você é fã de “Interestelar” e curte quebrar a cabeça com paradoxos temporais, “Primer” é um prato cheio.

‘Persona’ (1966): A psique em preto e branco de Ingmar Bergman

Ingmar Bergman dispensa apresentações, e “Persona” é considerado por muitos sua obra-prima. O filme explora temas como identidade e dualidade de forma intensa e visualmente impactante. As atuações são impecáveis e a fotografia em preto e branco contribui para a atmosfera claustrofóbica. Se você gosta de filmes que te fazem refletir sobre a natureza humana, “Persona” é imperdível.

‘Solaris’ (1972): A resposta soviética a ‘2001’

Andrei Tarkovsky, o mestre do cinema contemplativo, nos leva a uma estação espacial orbitando um planeta misterioso em “Solaris”. Prepare-se para longas tomadas, diálogos filosóficos e uma atmosfera densa que questiona a existência humana. Para mim, “Solaris” é como um poema visual, que te faz sentir mais do que entender.

‘Anomalisa’ (2015): Uma animação para adultos (de verdade)

Charlie Kaufman, o roteirista genial por trás de “Quero Ser John Malkovich”, nos presenteia com esta animação em stop-motion que explora a solidão e a busca por conexão de forma original e perturbadora. Prepare-se para diálogos afiados e personagens complexos que te farão questionar a própria existência. Confesso que depois de assistir “Anomalisa”, fiquei uns dias pensando em como as vezes a gente se sente desconectado do mundo, mesmo estando rodeado de pessoas.

‘Donnie Darko’ (2001): O coelho que mudou o cinema cult

“Donnie Darko” é um daqueles filmes que te pegam de jeito e te fazem criar teorias mirabolantes. A trama, que envolve viagem no tempo, um coelho gigante e o fim do mundo, é um prato cheio para quem gosta de filmes com mensagens ocultas. Se você curte “Stranger Things” e filmes com uma pegada anos 80, “Donnie Darko” é uma ótima pedida.

‘Paprika’ (2006): A Matrix dos sonhos

Satoshi Kon, um dos maiores gênios da animação japonesa, nos leva a uma viagem alucinante pelo mundo dos sonhos em “Paprika”. Prepare-se para visuais incríveis, uma narrativa complexa e temas profundos sobre a mente humana. Se você gostou de “A Origem”, de Christopher Nolan, vai pirar com “Paprika”.

‘Mirror’ (1975): A memória em fluxo de consciência

Tarkovsky ataca novamente, desta vez com uma obra autobiográfica que desafia a narrativa tradicional. “Mirror” é um filme fragmentado, cheio de simbolismos e reflexões sobre a vida, a família e a história da Rússia. Prepare-se para uma experiência sensorial que te fará sentir mais do que entender.

‘Mulholland Drive’ (2001): O labirinto de sonhos de David Lynch

Lynch está presente mais uma vez nessa lista, e não é à toa. “Mulholland Drive” é um filme enigmático, cheio de reviravoltas e simbolismos que te farão questionar a realidade. Prepare-se para uma experiência onírica que te deixará com mais perguntas do que respostas.

‘Jeanne Dielman, 23 quai du Commerce, 1080 Bruxelles’ (1975): A beleza do ordinário

Este filme belga, eleito o melhor de todos os tempos pelo British Film Institute em 2022, pode parecer tedioso à primeira vista, mas é uma obra-prima que celebra o cotidiano e a invisibilidade do trabalho doméstico. Prepare-se para longas tomadas de Jeanne realizando suas tarefas diárias e reflita sobre o papel da mulher na sociedade.