A década de 2010 foi um período de grandes mudanças e controvérsias para a DC Comics. Com o reboot do Novos 52 em 2011, vimos personagens clássicos repaginados, histórias reescritas e um tom geral mais sombrio. Essa decisão dividiu opiniões, com alguns fãs abraçando a nova direção ousada e outros sentindo que a editora estava forçando a barra para ser “cool”. Em 2016, a DC tentou harmonizar as coisas com o Rebirth, buscando combinar o melhor do universo clássico com as novidades dos Novos 52. Mas, em meio a tantas reviravoltas, uma coisa é certa: a década de 2010 nos presenteou com novos heróis que deixaram sua marca no universo da DC.
Crush: A Filha Rebelde de Lobo
Xiomara Rojas, a Crush, chegou em 2018 como a filha meio-czarniana do mercenário intergaláctico Lobo. Com a força e a durabilidade herdadas do pai, além de uma paixão por violência, Crush trilhou seu próprio caminho como lutadora underground. Diferente de Lobo, ela está disposta a usar seus poderes para o bem, o que a levou a se juntar aos Novos Titãs de Damian Wayne.
Como fã de longa data dos Titãs, achei a adição de Crush muito interessante. Ela traz uma dinâmica diferente para a equipe, com sua personalidade explosiva e habilidades brutais. É como ter uma versão adolescente e menos caótica do Lobo no time.
Killer Frost (Caitlin Snow): Redenção Gelada
Caitlin Snow, apresentada em 2013, é a terceira pessoa a assumir o manto de Killer Frost, mas a primeira a tentar ser uma heroína. Após um ataque terrorista que a transformou em uma criatura de gelo, Caitlin lutou contra seus instintos assassinos e buscou redenção. Ela ajudou a salvar o mundo com o Esquadrão Suicida e foi recrutada para a Liga da Justiça da América de Batman.
A história de redenção de Killer Frost me lembra um pouco a do Zuko, de Avatar: A Lenda de Aang. Ambos começaram como antagonistas, mas encontraram um caminho para a redenção e se tornaram aliados importantes dos heróis.
Kid Flash (Wallace West): A Velocidade da Nova Geração
Após a polêmica exclusão de Wally West no reboot dos Novos 52, uma nova versão do personagem foi introduzida em 2014. Wallace West ganhou seus poderes após ser atingido por um raio da “Força de Aceleração” e se tornou um protegido de Barry Allen, o Flash. Mesmo com a volta do Wally West original em 2016, Wallace conseguiu se destacar e se tornar um herói icônico por si só.
A introdução de um novo Kid Flash gerou muita controvérsia na época, e entendo o porquê. Wally West é um personagem muito querido pelos fãs. No entanto, Wallace provou ser um herói digno do manto, com sua própria personalidade e história.
Signal: O Protetor Diurno de Gotham
Enquanto Batman e a Bat Família protegem Gotham durante a noite, Duke Thomas, o Signal, protege a cidade durante o dia. Introduzido em 2013, Duke idolatrava o Batman e liderou o movimento “We Are Robin” quando o herói desapareceu. Com seus poderes de percepção da luz, Signal se tornou um membro único da Bat Família, protegendo Gotham sob a luz do sol.
A ideia de um herói que protege Gotham durante o dia é muito interessante. Signal traz uma nova perspectiva para a cidade, mostrando que a justiça não precisa se esconder nas sombras.
Red Arrow (Emiko Queen): A Arqueira Letal
Emiko Queen, apresentada em 2013, é a meia-irmã de Oliver Queen, o Arqueiro Verde. Criada como uma assassina, Emiko teve sua lealdade testada ao descobrir a verdade sobre sua família. Agora, como a Red Arrow, ela luta ao lado de seu irmão e da Família Arrow para proteger Star City.
A história de Emiko é cheia de reviravoltas e drama familiar, o que a torna uma personagem muito interessante. Sua jornada de assassina para heroína é um exemplo de como o amor e a lealdade podem mudar uma pessoa.
Green Lantern (Jessica Cruz): Superando o Medo
Jessica Cruz, introduzida em 2014, parecia a pessoa menos provável a se tornar uma Lanterna Verde. Após testemunhar a morte de seus amigos, Jessica foi paralisada pelo medo e lutou contra o PTSD. No entanto, ela superou seus medos e se tornou uma Lanterna Verde, mostrando a força interior que uma pessoa pode encontrar ao enfrentar seus traumas.
A história de Jessica Cruz é uma das mais inspiradoras da DC Comics. Ela mostra que qualquer pessoa, independentemente de seus medos e traumas, pode se tornar um herói. Sua jornada é uma mensagem de esperança e superação para todos nós.