Preparem suas shurikens, gamers! A SEGA acaba de nos presentear com um retorno triunfal que mistura nostalgia e inovação: Shinobi: Art of Vengeance. Desenvolvido pela Lizardcube, mestres na
Preparem suas shurikens, gamers! A SEGA acaba de nos presentear com um retorno triunfal que mistura nostalgia e inovação: Shinobi: Art of Vengeance. Desenvolvido pela Lizardcube, mestres na arte de revitalizar clássicos (vide o aclamado Streets of Rage 4), o jogo nos transporta de volta ao universo ninja de Musashi, mas com uma roupagem totalmente nova e empolgante. Confesso que, como fã de carteirinha de jogos de ninja desde os tempos do Nintendinho, estava com um pé atrás, mas o resultado superou todas as minhas expectativas.
A história nos apresenta um Musashi mais maduro, agora mestre do Clã Oboro e prestes a ser pai. Mas a paz é brutalmente interrompida pela chegada de Lord Ruse e da corporação militar ENE Corp, que dizimam o clã. Essa reviravolta dramática obriga Musashi a empunhar novamente sua espada e buscar vingança. A narrativa é direta e focada na ação, com um detalhe curioso: Musashi não fala, apenas emite grunhidos intensos. Confesso que achei isso um toque de originalidade que funciona muito bem, lembrando um pouco o estilo “lobo solitário” de personagens como Samurai Jack.
E por falar em ação, prepare-se para sequências de tirar o fôlego! O jogo demora um pouco para engatar, mas quando o faz, não decepciona. Musashi se move com agilidade e precisão, e as sequências de perseguição são um espetáculo à parte. Sério, quem imaginaria ver um ninja surfando em um míssil? Essa cena, que pode parecer familiar para os fãs da franquia, é uma introdução perfeita para novos jogadores. A jogabilidade me lembrou um pouco a fluidez de Katana ZERO, mas com a intensidade clássica de Shinobi.
O visual do jogo é simplesmente deslumbrante. A Lizardcube elevou o nível com um estilo artístico desenhado à mão, inspirado na caligrafia e na estética da tinta japonesa. Cada frame é uma obra de arte, com cenários ricos em detalhes e camadas visuais que criam uma ilusão de profundidade. É como se estivéssemos jogando uma pintura em movimento! A única ressalva é que, em alguns momentos, objetos do primeiro plano podem obscurecer o caminho ou os inimigos, mas nada que comprometa a experiência.
O combate é um dos pontos altos do jogo. É possível vencer inimigos básicos com ataques simples, mas o verdadeiro desafio está em dominar as técnicas Ninpo e Ninjutsu. As habilidades Ninpo são ideais para quebrar defesas e finalizar combos, enquanto as Ninjutsu, que dependem de uma barra de raiva, servem como um trunfo nos momentos mais difíceis. As animações são espetaculares e dão um toque extra de emoção às lutas. Me lembrou um pouco a complexidade do combate de Sekiro: Shadows Die Twice, mas com a agilidade e o estilo característicos de Shinobi.
A estrutura das fases é outro ponto positivo. Cada estágio é um convite à exploração, com caminhos escondidos e plataformas desafiadoras. Musashi pode usar saltos duplos, ganchos, planadores e investidas aéreas para superar os obstáculos. A combinação dessas mecânicas é intuitiva, mas exige precisão. E mesmo após o fim da campanha principal, o jogo oferece desafios extras, como as “Ankou Rifts”, que misturam combate intenso com plataformas difíceis. Para os puristas, o Modo Arcade entrega ação pura, sem interrupções narrativas. E para quem busca uma experiência mais acessível, a Lizardcube permite ajustar o nível de dificuldade em detalhes, reduzindo o dano dos inimigos, o impacto dos golpes e até a penalização ambiental.
Shinobi: Art of Vengeance é um retorno triunfal que honra o legado da franquia e, ao mesmo tempo, inova com estilo e originalidade. Se você é fã de jogos de ninja, não pode perder essa pérola!
Nota: 9/10
*Análise realizada a partir de uma cópia do jogo enviada pela SEGA.
*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*
