A Netflix continua a impactar o mundo dos animes! Um novo relatório financeiro da IG Port, a empresa por trás dos renomados estúdios Production I.G (responsáveis por “Kaiju No. 8”) e WIT Studio (que nos trouxe as primeiras temporadas de “Attack on Titan”), revelou que a gigante do streaming injetou nada menos que US$ 24,3 milhões (aproximadamente 3,573 bilhões de ienes) no ano fiscal que se encerrou em maio de 2024. Essa grana toda mostra como a Netflix se tornou uma força gigante no financiamento de animes, mesmo sem entrar nos comitês de produção tradicionais. E olha só, “Kimi ni Todoke 3ª Temporada” foi um dos grandes destaques desse acordo!
O Poder de “Kimi ni Todoke 3”
Do montante total, US$ 10,4 milhões (1,53 bilhão de ienes) vieram da Netflix Global, especificamente destinados aos direitos autorais. E aqui está a cereja do bolo: a licença de exibição da aguardadíssima 3ª temporada de “Kimi ni Todoke”, produzida pela Production I.G., foi paga de uma vez só! Para terem uma ideia do impacto, esse contrato sozinho representou quase 40% das vendas de direitos autorais da Production I.G. no período. É mole? Como fã de carteirinha de animes slice of life, fico feliz em ver um título tão adorável impulsionando a indústria!
Netflix: Mais que Streaming, uma Produtora?
Mas não para por aí! A Netflix Studios LLC também contribuiu com US$ 13,9 milhões (2,04 bilhões de ienes) em serviços de “produção de vídeo”. Isso só reforça o papel da plataforma como uma das maiores financiadoras internacionais de anime. É interessante notar como a Netflix, diferentemente de outras plataformas como Crunchyroll ou HIDIVE, que participam dos comitês de produção dividindo riscos e lucros, prefere um modelo mais direto e fechado em seus contratos. Em alguns casos, eles apenas licenciam a distribuição, mas em outros, adquirem todos os direitos autorais, como vimos em produções recentes como “Rising Impact”, “Moonrise” e “Leviathan”.
O Debate por Trás dos Bastidores
Essa abordagem da Netflix levanta debates importantes dentro da indústria. Por um lado, os estúdios recebem valores mais altos de imediato, o que é ótimo para manter a produção rodando. Mas, por outro lado, eles perdem o controle sobre a propriedade intelectual, o que limita a exploração de merchandising, DVDs e outros produtos a longo prazo. É uma faca de dois gumes!
E os Animadores, Como Ficam?
Especialistas como a diretora Terumi Nishii já alertaram que, apesar dos orçamentos da Netflix serem, em média, o dobro dos orçamentos tradicionais, esse dinheiro nem sempre chega aos animadores, especialmente os freelancers. Muitas vezes, o valor acaba cobrindo déficits dos estúdios sem realmente melhorar as condições de trabalho. Essa é uma preocupação constante na indústria, e espero que essa situação melhore com o tempo. Afinal, são os animadores que dão vida aos nossos animes favoritos!
IG Port e o Futuro dos Animes
Apesar dos desafios, para empresas como a IG Port, a dependência de contratos com streamings globais se tornou uma estratégia fundamental. Além da Netflix, o segundo maior parceiro da empresa no ano foi a Toho, com US$ 7,1 milhões (1,05 bilhão de ienes). Isso mostra como o mercado de animes está se adaptando e evoluindo com a crescente influência das plataformas de streaming. Resta saber como essa dinâmica moldará o futuro da indústria e a qualidade das animações que tanto amamos!