A nova funcionalidade Recall da Microsoft para os PCs Copilot+ mal chegou e já está causando um rebuliço daqueles! A ideia de ter o Windows tirando prints da sua tela o tempo todo para “te ajudar a lembrar” parece mais um episódio de Black Mirror do que uma inovação útil, e a galera da privacidade já ligou o sinal de alerta. Brave, AdGuard e até o Signal estão bloqueando o Recall, e a gente te conta o porquê dessa treta toda.
O Que é Essa Tal de Recall e Por Que Ela Assusta Tanto?
Basicamente, o Recall tira screenshots da sua tela em intervalos regulares e guarda tudo localmente no seu PC. A Microsoft diz que é para você poder voltar no tempo e encontrar informações que você viu antes, tipo um Ctrl+Z da vida real. Eles juram que é tudo seguro, criptografado e que o Windows Hello protege seus dados. Mas, sério, quem confia 100%?
A preocupação é que essas capturas de tela podem pegar informações super sensíveis, como seus dados bancários, conversas privadas e até mesmo aquele meme vergonhoso que você compartilhou no grupo da família. Imagina a dor de cabeça se um malware invadir seu PC e tiver acesso a todo esse histórico? É tipo deixar a porta da sua casa aberta para qualquer um entrar e fuçar suas coisas.
Brave e AdGuard Entram na Briga Pela Privacidade
O navegador Brave, conhecido por sua postura pró-privacidade, já anunciou que vai bloquear o Recall por padrão a partir da versão 1.81 no Windows 11 e versões superiores. A justificativa é simples: permitir que dados de navegação sejam registrados em um banco de dados local é um risco enorme, já que essas informações podem ser facilmente acessadas por softwares maliciosos.
“A Microsoft está empurrando uma funcionalidade que vai contra tudo o que defendemos”, disse um dos desenvolvedores do Brave em um comunicado. “Privacidade é um direito, não uma opção, e não vamos deixar que o Recall viole a privacidade dos nossos usuários.”
O AdGuard, famoso pelo seu bloqueador de anúncios, também entrou na onda e incluiu uma opção para desativar o Recall na versão 7.21 do seu app para Windows. A empresa argumenta que a ideia de capturas de tela contínuas é “perturbadora” e que confiar na detecção automática de conteúdo sensível não é uma estratégia segura. Afinal, quem garante que o filtro da Microsoft vai ser perfeito e não vai deixar escapar nada?
Signal Já Tinha Dado o Pontapé Inicial
O Signal, app de mensagens conhecido pelo seu foco em segurança, foi um dos primeiros a restringir o acesso do Recall às suas janelas de conversa. Eles usaram uma tecnologia de DRM (Digital Rights Management) para impedir que qualquer ferramenta, inclusive o próprio Windows, capture imagens do aplicativo. É uma medida drástica, mas que mostra o quão sério eles levam a privacidade dos seus usuários.
É importante notar que essa abordagem também bloqueia o uso de leitores de tela e outros recursos de acessibilidade, o que gerou algumas críticas. Mas, no fim das contas, o Signal priorizou a segurança acima de tudo.
Microsoft Tenta Minimizar os Danos (Mas Será Que Cola?)
Depois da enxurrada de críticas, a Microsoft fez alguns ajustes no Recall, prometendo que o recurso é opcional, exige autenticação via Windows Hello e mantém os dados criptografados. Eles também afirmam que o Recall aplica filtros automáticos para ocultar informações sensíveis, como senhas e números de cartão de crédito.
Mas, sejamos sinceros, quem confia 100% nessas promessas? A Microsoft já se envolveu em polêmicas de privacidade antes, e muita gente ainda tem receio de entregar seus dados para a empresa. Além disso, mesmo que o Recall seja opcional, a forma como ele é apresentado pode induzir os usuários a ativá-lo sem pensar duas vezes.
O Futuro da Privacidade no Windows
O caso do Recall é mais um exemplo de como a privacidade está se tornando uma preocupação cada vez maior para os usuários de tecnologia. As empresas estão constantemente buscando novas formas de coletar e usar nossos dados, e cabe a nós ficarmos atentos e exigirmos mais transparência e controle.
Será que o Recall vai ser o próximo grande escândalo de privacidade? Ou a Microsoft vai conseguir convencer os usuários de que o recurso é seguro e útil? Só o tempo dirá. Mas, por enquanto, a melhor opção é ficar de olho nas configurações de privacidade do seu Windows e pensar duas vezes antes de ativar qualquer funcionalidade que possa comprometer seus dados.