Mercúrio sempre foi um mistério para os astrônomos, e a explicação para sua formação pode ser mais “acidental” do que imaginávamos! Uma nova pesquisa propõe que o planeta
Mercúrio sempre foi um mistério para os astrônomos, e a explicação para sua formação pode ser mais “acidental” do que imaginávamos! Uma nova pesquisa propõe que o planeta anão surgiu de uma colisão cósmica entre dois protoplanetas de massas semelhantes. Será que essa nova teoria finalmente desvenda os segredos do planeta mais próximo do Sol? Vem comigo que te conto tudo!
Mercúrio sempre chamou a atenção dos cientistas por sua composição peculiar: um núcleo metálico gigantesco, que representa cerca de 70% de sua massa, e um manto rochoso surpreendentemente pequeno. A teoria mais aceita até então era a de que Mercúrio teria sofrido um impacto colossal com outro corpo celeste, perdendo grande parte de seu manto e crosta no processo. Mas, como dizem por aí, “as aparências enganam”, e essa explicação pode não ser tão precisa quanto pensávamos.
De acordo com um estudo publicado na revista Nature Astronomy (Agência Fapesp), astrônomos propõem uma nova explicação para a formação de Mercúrio, baseada em um evento muito mais comum no início do Sistema Solar: a colisão entre corpos celestes de massas semelhantes. Patrick Franco, do Observatório Nacional, explica que simulações mostram que a formação de Mercúrio não exige colisões excepcionais, e que um impacto “rasante” entre dois protoplanetas de massas parecidas pode explicar sua composição.
Essa nova teoria me lembra um pouco a origem da Lua, que também é atribuída a uma colisão gigante entre a Terra e um corpo celeste do tamanho de Marte, batizado de Theia. Será que os “acidentes cósmicos” são mais comuns do que imaginamos na formação dos planetas?
Uma das questões mais intrigantes levantadas por essa nova teoria é: para onde foi o material ejetado na colisão? Segundo os pesquisadores, parte desse material pode ter sido incorporada por outros planetas em formação, como Vênus. Essa hipótese ainda precisa ser investigada, mas já levanta questões interessantes sobre a dinâmica do Sistema Solar em seus primórdios. Será que Vênus “roubou” parte de Mercúrio?
Para recriar o cenário hipotético da colisão entre os protoplanetas, os pesquisadores utilizaram um método numérico computacional chamado de “hidrodinâmica de partículas suavizadas”. Essa técnica permite simular gases, líquidos e materiais sólidos em movimento, especialmente em contextos de grandes deformações, colisões ou fragmentações. O modelo resultante consegue explicar com grande precisão por que Mercúrio apresenta baixa massa total, apesar de ter um núcleo metálico grande, e por que retém apenas uma fina camada de material rochoso.
Apesar de todas as descobertas recentes, Mercúrio ainda é o planeta menos explorado do nosso sistema solar. Mas isso está prestes a mudar! A sonda espacial BepiColombo, uma missão conjunta europeia e japonesa, está a caminho de Mercúrio para estudar sua composição, geofísica, atmosfera, magnetosfera e história. Com a BepiColombo, os cientistas esperam obter dados ainda mais precisos sobre o planeta e testar a validade da nova teoria da colisão entre protoplanetas.
Mal posso esperar para ver o que a BepiColombo vai descobrir! Quem sabe, em breve teremos ainda mais informações sobre a formação de Mercúrio e outros planetas rochosos. O universo é cheio de mistérios, e a ciência está aí para desvendá-los!
