Preparem seus capacetes de exploradores, porque a era dos dinossauros geneticamente modificados está de volta! Em “Jurassic World Rebirth”, o sétimo filme da saga que começou lá em 1993 com o clássico “Jurassic Park”, somos jogados em um mundo onde a coexistência entre humanos e dinossauros é… digamos, um tanto caótica. Mas será que essa nova aventura consegue trazer algo de novo para a mesa, ou estamos apenas revisitando velhos clichês com uma roupagem nova?
De Volta à Ilha (de Novo!)
A trama nos apresenta a um mundo pós-“Jurassic World: Domínio”, onde os dinossauros estão tentando se virar em um planeta que não foi exatamente projetado para eles. No meio desse pandemônio pré-histórico, somos apresentados a Martin Krebs (Rupert Friend), um magnata farmacêutico com segundas intenções, que recruta Zora Bennett (Scarlett Johansson), Henry Loomis (Jonathan Bailey) e Duncan Kincaid (Mahershala Ali) para uma missão pra lá de perigosa: coletar amostras de DNA de dinossauros gigantes que podem revolucionar a medicina. Ah, e claro, todos esses dinos incríveis estão convenientemente reunidos em uma ilha secreta. Sério, gente, qual a probabilidade disso acontecer?
Trocando as Escamas: O Retorno de David Koepp
O que realmente me chamou a atenção foi o retorno de David Koepp, roteirista do “Jurassic Park” original. Ele traz de volta aquela vibe de tragédia romântica que andava meio sumida nos últimos filmes. Os dinossauros são tratados como animais complexos, e não apenas como monstros genéricos. É como se Koepp tivesse dado um tapa na cara da franquia e dito: “Ei, vamos lembrar por que as pessoas se apaixonaram por esses filmes em primeiro lugar!”.
Gareth Edwards e a Arte de Dirigir Dinossauros
A direção de Gareth Edwards (o cara por trás de “Godzilla” e “Rogue One”) é um show à parte. Ele sabe como criar tensão e usar a escala dos dinossauros para nos deixar de queixo caído. As cenas de ação são de tirar o fôlego, e a fotografia é vibrante e colorida, um contraste bem-vindo em relação aos tons mais sombrios dos filmes anteriores. Edwards consegue até fazer o D. rex, o novo dinossauro geneticamente modificado, parecer ameaçador, mesmo que a criatura pareça ter saído de um filme do “Alien”.
O Elo Perdido: Personagens e Ritmo
Nem tudo são flores, infelizmente. Os personagens humanos são meio sem sal, e o ritmo do filme é mais lento que um Brachiosaurus se movendo na lama. A primeira metade se arrasta em um barco, e a introdução de uma nova família não ajuda em nada. É como se estivessem tentando criar um “Baby Yoda” com um dinossauro, mas sem o mesmo carisma. E o final? Apressado e insatisfatório. Uma pena, porque com um roteiro mais afiado, “Jurassic World Rebirth” poderia ter sido épico.
Mais do Mesmo?
No fim das contas, “Jurassic World Rebirth” tenta resgatar o tom e a essência do “Jurassic Park” original, e em muitos momentos, consegue. Mas a sensação de déjà-vu é inevitável. Temos a ilha secreta, os dinossauros de pescoço comprido, o dino híbrido… É como se a franquia estivesse presa em um loop temporal, repetindo os mesmos elementos sem muita inovação.
A grande questão é: será que precisamos de mais filmes de “Jurassic Park”? Talvez seja hora de deixar esses dinossauros descansarem em paz e preservar o legado do filme original. Mas, como sabemos, Hollywood adora um bom dinossauro geneticamente modificado, então é bem provável que vejamos mais sequências no futuro. Afinal, como diria Ian Malcolm, “a vida sempre encontra um caminho”. E a bilheteria também.