A terceira temporada de “Round 6” (ou “Squid Game”, para os íntimos) chegou na Netflix e, como fã de carteirinha, maratonei tudo em um fim de semana! Confesso que estava com altas expectativas depois do final explosivo da segunda temporada. As tramas dos personagens principais, como o icônico Gi-hun (Jogador 456), continuam te prendendo do início ao fim, e os novos jogos são de tirar o fôlego. Mas, gente, nem tudo são flores… Teve uma coisa que me incomodou profundamente e que, na minha humilde opinião, quase botou tudo a perder: os VIPs.
VIPs: Vilões ou Alívio Cômico Involuntário?
Na primeira temporada, a presença dos VIPs, aquela galera rica assistindo aos jogos macabros como se fosse um reality show bizarro, até funcionou como uma crítica social (meio “Parasita”, sabe?). Mas nessa terceira temporada… Socorro! Parecia que tiraram os figurantes de uma peça de teatro amadora e jogaram na série. Sério, a atuação deles beirava o caricato, pareciam personagens de videogame mal programados. E o pior é que deram mais espaço para eles!
A Culpa é da Netflix?
Aí me pergunto: por que insistir nesses personagens? Será que a Netflix está tentando agradar o público internacional? Ou será que o diretor Hwang Dong-hyuk quis fazer uma crítica à elite global, mas errou a mão? Sei lá, só sei que a cada cena com os VIPs, a tensão que a série cria ia por água abaixo. Era como se estivessem me puxando para fora daquele universo brutal e me jogando em uma esquete de humor duvidoso.
Cate Blanchett: A Luz no Fim do Túnel (Ou Quase)
E então, surge Cate Blanchett no final! Sim, a Cate Blanchett! Confesso que fiquei chocado. Tipo, como assim? Uma atriz do nível dela em “Round 6”? No primeiro momento, pensei: “Uau, que legal!”. Mas depois comecei a refletir… Será que valeu a pena gastar uma grana preta para ter uma participação especial de luxo, se o resto do elenco VIP deixava tanto a desejar? Não seria melhor investir em atores competentes para esses papéis, em vez de apostar em um “momento celebridade”?
Alternativas e Teorias da Conspiração
Pensando bem, existem várias alternativas que poderiam ter funcionado melhor. Uma delas seria simplesmente eliminar os VIPs da trama. Ou então, dar um papel mais interessante para eles, com um desenvolvimento mais profundo. Quem sabe até explorar o passado deles, mostrando como chegaram a esse nível de depravação.
Outra teoria que me surgiu é que talvez o diretor tenha feito isso de propósito. Talvez ele quisesse mostrar como a elite é desconectada da realidade, como eles enxergam o mundo como um grande espetáculo. Se for isso, até que funcionou, mas o custo foi alto demais para a minha experiência como espectador.
“Round 6” Merecia Mais
No fim das contas, “Round 6” continua sendo uma série incrível, com personagens cativantes, reviravoltas chocantes e uma crítica social afiada. Mas a presença dos VIPs, especialmente nessa terceira temporada, me deixou com a sensação de que a série poderia ter sido ainda melhor. Espero que, em uma possível quarta temporada, os produtores repensem essa escolha e deem o devido valor ao talento do elenco principal sul-coreano, que merece todo o reconhecimento do mundo.