A franquia Hitman, nascida da mente criativa de Jacob Andersen na IO Interactive, conquistou fãs e crítica com sua narrativa cinematográfica e gameplay estratégico. Mas, por que Hollywood
A franquia Hitman, nascida da mente criativa de Jacob Andersen na IO Interactive, conquistou fãs e crítica com sua narrativa cinematográfica e gameplay estratégico. Mas, por que Hollywood ainda não conseguiu traduzir esse sucesso para as telas? Com dois filmes desastrosos e uma série cancelada, a saga do Agente 47 em live-action parece amaldiçoada. Será que um dia veremos uma adaptação que faça jus ao material original? Como fã, confesso que já perdi as esperanças, mas ainda sonho com o dia em que Hollywood vai acertar em cheio!
Em 2007, Timothy Olyphant (que eu adoro, diga-se de passagem) vestiu o terno do Agente 47 em “Hitman: Assassino 47”. A trama, que envolve uma conspiração russa e a busca do protagonista por sua identidade, até tentou recriar alguns momentos icônicos dos jogos. Mas, no geral, a adaptação se perdeu na ação genérica, ignorando a essência do que faz Hitman ser Hitman: o planejamento estratégico, os disfarces e a execução silenciosa.
O filme arrecadou mais de US$ 101 milhões mundialmente, um sucesso modesto considerando o investimento de US$ 24 milhões. No entanto, a crítica não perdoou: apenas 16% de aprovação no Rotten Tomatoes. E o público, apesar de mais generoso (57%), também não se encantou. Comparado a adaptações de games como Resident Evil, que mesmo com suas liberdades criativas, conseguiu gerar uma franquia lucrativa, “Hitman: Assassino 47” falhou em capturar o espírito do jogo.
O reboot de 2015, “Hitman: Agente 47”, tentou dar uma nova roupagem à história, mas o resultado foi ainda pior. Rupert Friend assumiu o papel principal (originalmente destinado a Paul Walker), e a trama focou em uma megacorporação que buscava replicar as habilidades do Agente 47. Mais uma vez, a adaptação errou feio, entregando um filme de ação sem graça e distante dos jogos.
Com um orçamento de US$ 35 milhões, o filme arrecadou apenas US$ 82 milhões mundialmente, um fracasso retumbante. A crítica massacrou a produção, com apenas 8% de aprovação no Rotten Tomatoes. O público também não gostou, com apenas 40% de aprovação. Parece que Hollywood não aprendeu com os erros do passado. É como se estivessem tentando adaptar Metal Gear Solid sem o fator Kojima, impossível!
Em 2017, o Hulu contratou Derek Kolstad, roteirista de John Wick, para criar uma série baseada em Hitman. A premissa era promissora: Kolstad planejava ser fiel aos jogos, explorando a complexidade do Agente 47 e seu mundo. Ele chegou a mencionar que o primeiro episódio mostraria um 47 com cabelo, antes de descobrir seu código de barras e sua verdadeira identidade.
No entanto, em 2019, a série foi cancelada. Kolstad revelou que sua visão era uma mistura de “O Terceiro Homem” com “Três Dias de Condor”, explorando a dualidade do personagem e sua bússola moral. Uma pena que não tivemos a chance de ver essa adaptação. Talvez, com a pegada de John Wick, a série pudesse ter sido o acerto que Hollywood tanto busca. Será que veremos Hitman no universo das séries animadas como Arcane?
Apesar dos tropeços em Hollywood, a franquia Hitman continua forte nos games. “Hitman: World of Assassination” ultrapassou a marca de 75 milhões de jogadores, mostrando que o interesse pelo Agente 47 ainda é grande. Será que um dia veremos uma adaptação que faça justiça ao material original?
Com o sucesso de adaptações de games como The Last of Us da HBO, a esperança renasce. Talvez, no futuro, um estúdio visionário consiga entender a essência de Hitman e entregar uma adaptação que agrade aos fãs e à crítica. Afinal, o Agente 47 merece uma chance de brilhar em Hollywood. E eu, como fã, continuarei esperando por esse dia!
