A primeira temporada de “High Potential” (adaptada da série francesa-belga “HPI”) chegou como um sopro de ar fresco nas séries policiais, equilibrando bem a homenagem ao original com toques únicos que a fizeram brilhar. Acompanhamos a jornada de Morgan Gillory (interpretada por Kaitlin Olson) em sua adaptação como consultora na unidade de crimes de Los Angeles. Mas será que a série consegue manter o ritmo após a fase inicial? Pelos três primeiros episódios da segunda temporada, a resposta é um sonoro SIM!
Retomando de onde paramos: um final de temporada explosivo
A primeira temporada nos deixou com dois ganchos incríveis: a caçada a um serial killer maquiavélico, conhecido como “o fabricante de jogos” (interpretado por David Giuntoli), e a revelação de que o ex-namorado de Morgan, Roman Sinquerra, ainda está vivo. A segunda temporada retoma a trama logo após esses eventos, mantendo a estrutura de casos semanais, mas com uma estreia eletrizante em duas partes.
O “fabricante de jogos”: um vilão à altura de Morgan
Morgan e sua equipe estão à caça do “fabricante de jogos”, um criminoso que parece estar sempre um passo à frente. A detetive, agora preocupada com a segurança de seus filhos, precisa lidar com um adversário que a desafia intelectualmente. Oz, ainda se recuperando do trauma do sequestro, também tem seus próprios fantasmas para enfrentar. Diferente dos casos anteriores, o “fabricante de jogos” não se importa tanto com o ato de matar, mas sim com a complexidade do jogo. A trama se desenrola com reviravoltas que prendem a atenção do espectador do início ao fim.
Como fã de séries policiais com personagens inteligentes, confesso que estava ansiosa para ver um vilão que realmente fizesse frente à genialidade de Morgan. E o “fabricante de jogos” não decepciona! Ele me lembrou um pouco o Coringa de Heath Ledger em “Batman: O Cavaleiro das Trevas” – um agente do caos que parece se divertir com a própria imprevisibilidade.
Mistérios e reviravoltas: o que esperar dos próximos episódios
Alguns pontos da estreia da segunda temporada são resolvidos de forma um pouco apressada, e o mistério em torno de Roman Sinquerra parece, por enquanto, um tanto repetitivo em relação à primeira temporada. No entanto, os casos investigados por Morgan nos três primeiros episódios são interessantes o suficiente para manter o interesse do público, mesmo que as informações sobre Roman demorem a aparecer.
Com Morgan e sua equipe em perigo constante, a tensão aumenta a cada episódio. O caso da semana no terceiro episódio reserva uma reviravolta chocante que vai deixar os fãs de queixo caído. Preparem a pipoca e os lencinhos (vai que, né?).
Mais pesado, mais sério, mas sem perder a essência: o equilíbrio perfeito
A segunda temporada de “High Potential” adota um tom mais sombrio, mas sem abrir mão do humor característico da série. Há momentos hilários protagonizados por Ludo e Elliot, além de uma cena hipotética clássica com Karadec no terceiro episódio. A parceria entre Morgan e Karadec continua sendo um dos pontos altos da série, com uma dinâmica que equilibra brincadeiras e um cuidado genuíno um com o outro.
Como fã da série, adoro a forma como eles equilibram o drama com o humor. Me lembra um pouco a pegada de “Castle”, outra série policial que conquistou meu coração com seus personagens carismáticos e casos intrigantes.
Elenco afiado e participações especiais: um show de talento
Um dos grandes trunfos de “High Potential” é o seu elenco, com destaque para as atuações de Kaitlin Olson, Daniel Sunjata e David Giuntoli. A estreia da segunda temporada ainda conta com uma participação especial que vai agradar aos fãs de “It’s Always Sunny in Philadelphia”, série em que Olson também atuou.
Em apenas três episódios, a segunda temporada de “High Potential” provou que não só consegue manter o ritmo da primeira, como também elevar o nível do suspense e da comédia. Preparem-se para maratonar!