Prepare-se para ter suas expectativas incendiadas! A série “Fumaça” (Surface, no original), da Apple TV+, chegou ao fim da sua primeira temporada e, gente, que final foi esse?
Prepare-se para ter suas expectativas incendiadas! A série “Fumaça” (Surface, no original), da Apple TV+, chegou ao fim da sua primeira temporada e, gente, que final foi esse? Se você achava que tinha sacado tudo sobre o detetive Dave Gudsen, interpretado pelo talentosíssimo Taron Egerton, prepare-se para ser surpreendido. E se você curte um bom plot twist que te faz questionar a realidade, essa série é para você! Confesso que passei os últimos dias tentando juntar os pedaços da minha mente depois desse final. Vem comigo que eu te conto tudo, mas já aviso: SPOILERS A FRENTE!
No começo, Dave parece o cara perfeito: um investigador dedicado, com uma vida estável e um talento nato para resolver crimes. Ele está caçando dois incendiários que estão aterrorizando a cidade, o “Incendiário do Jarro de Leite” e o misterioso “D&C Incendiário”. Mas, como um bom thriller psicológico, “Fumaça” nos entrega uma reviravolta chocante: Dave é o “D&C Incendiário”! É tipo descobrir que o Light Yagami era o Kira o tempo todo em Death Note, sabe? Aquele choque!
Mesmo sabendo que Dave é o vilão, a série nos faz questionar: quem é esse cara de verdade? Ele é charmoso, bonito e parece ter a vida perfeita. Mas, ao longo da temporada, pequenas pistas começam a surgir: um temperamento explosivo com o enteado, sorrisos em momentos estranhos… Era como se ele estivesse tentando desesperadamente manter uma fachada de normalidade. Me lembrou um pouco o Patrick Bateman de “Psicopata Americano”, que também escondia sua verdadeira natureza por trás de uma máscara de perfeição.
No último episódio, a detetive Michelle Calderone, interpretada pela incrível Jurnee Smollett, finalmente confronta Dave. E é aí que a bomba explode! Dave se olha no espelho e vê uma versão completamente diferente de si mesmo: careca, acima do peso e muito mais velho. A série nos mostra que Dave criou uma realidade paralela em sua mente, convencendo-se de que era o herói bonitão que ele tanto admirava. É uma reflexão poderosa sobre como nossas mentes podem nos enganar e como a busca por uma identidade idealizada pode nos levar a caminhos sombrios. Essa cena me lembrou um pouco do filme “Clube da Luta”, onde o protagonista também cria uma persona para escapar da sua realidade.
Ainda não há confirmação de uma segunda temporada, mas o criador da série, Dennis Lehane, já declarou que “Fumaça” foi concebida como uma história de três temporadas. Se a série for renovada, teremos a chance de explorar as consequências da revelação final na psique de Dave. Como ele lidará com a realidade agora que sua ilusão foi destruída? Será julgado? Fugirá? E o que acontecerá com Michelle, que também quebrou seus próprios códigos morais?
“Fumaça” nos mostra que não existem heróis perfeitos. Todos os personagens têm seus próprios demônios e segredos. Michelle, por exemplo, comete atos questionáveis em sua busca por justiça. A série nos faz refletir sobre a complexidade da natureza humana e como a linha entre o bem e o mal pode ser tênue. É como em “Breaking Bad”, onde acompanhamos a transformação de Walter White, um professor de química que se torna um poderoso traficante.
“Fumaça” é uma série que te faz pensar. Ela nos mostra como as histórias que contamos a nós mesmos podem moldar nossa realidade e como a busca por uma identidade idealizada pode nos levar a caminhos perigosos. A série é um prato cheio para quem curte thrillers psicológicos com reviravoltas chocantes e personagens complexos. Se você ainda não assistiu, corre para a Apple TV+ e prepare-se para ter sua mente incendiada!
