Double Dragon Revive: Nostalgia Superficial ou Retorno Triunfal?
- outubro 25, 2025
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Double Dragon é um daqueles nomes que ecoam na memória de qualquer gamer que viveu a era de ouro dos arcades. Aquele gameplay simples, viciante e a sensação
Double Dragon é um daqueles nomes que ecoam na memória de qualquer gamer que viveu a era de ouro dos arcades. Aquele gameplay simples, viciante e a sensação
Double Dragon é um daqueles nomes que ecoam na memória de qualquer gamer que viveu a era de ouro dos arcades. Aquele gameplay simples, viciante e a sensação de estar detonando tudo com um amigo lado a lado… Nostalgia pura! Mas será que Double Dragon Revive consegue capturar essa magia ou se perde no tempo? Vem comigo nessa análise!
A premissa é boa: pegar a fórmula clássica de “andar pra frente e socar geral” e dar uma repaginada. Mas, infelizmente, Double Dragon Revive parece indeciso entre o que quer ser. Ele tenta agradar os fãs saudosistas, mas não ousa o suficiente para realmente inovar. O resultado? Um jogo funcional, mas que não empolga como deveria.
Sabe quando você assiste a um remake que não consegue superar o original? É essa a sensação. Recentemente tivemos retornos incríveis como Ninja Gaiden: Regabound, que souberam honrar o legado e ainda trazer novidades. Aqui, a impressão é que faltou aquela faísca de criatividade.
No papel, o sistema de combate parece promissor. Cada personagem jogável – Billy, Jimmy, Marian e Ranzo – tem seu próprio estilo, com golpes e animações únicas. Dá pra agarrar, contra-atacar, usar golpes aéreos… Mas, na prática, você vai perceber que dá pra detonar quase tudo repetindo os mesmos combos básicos. Cadê o desafio? Cadê a necessidade de usar todo o arsenal de golpes?
E quando o jogo tenta te forçar a ser mais estratégico, ele esbarra em problemas. O sistema de “quicar” os inimigos nas paredes pra fazer combos mais longos é legal, mas a física do jogo é meio bugada. Às vezes o inimigo voa pro alto, às vezes cai no chão… Parece que tem um dado sendo rolado a cada golpe! E o ataque aéreo limitado a uma única investida? Quebra totalmente o ritmo da luta!
Ainda bem que nem tudo é decepção! Os inimigos são bem variados e aparecem em combinações diferentes, o que te força a pensar um pouco sobre posicionamento e prioridades. E alguns chefes de fase trazem mecânicas novas, como usar elementos do cenário a seu favor. Esses momentos mostram o potencial que Double Dragon Revive tinha, mas que não foi totalmente explorado.
Prepare-se para um choque de realidade no final do jogo! A dificuldade sobe de repente, principalmente em um chefe que parece ter sido programado em outro jogo. Em vez de testar suas habilidades, o jogo te pune com golpes injustos e te deixa frustrado.
Visualmente, o jogo também é irregular. Os modelos dos personagens são ok, mas os efeitos de energia e impacto são bem fraquinhos. Os cenários variam entre o inspirado (como a fase da torre pagode) e o genérico (como a fase da rodovia, que poderia estar em qualquer jogo do gênero). A trilha sonora tenta resgatar os temas clássicos, mas não tem nenhuma música que realmente grude na cabeça.
Se Double Dragon Revive tem um ponto forte, é o modo cooperativo. Jogar com um amigo disfarça as limitações do jogo e transforma o caos em diversão. Mas, mesmo assim, a experiência não dura muito. Sem um sistema de progressão interessante, variações de gameplay ou modos extras, o jogo se torna repetitivo e perde a graça rapidinho.
Double Dragon Revive não é um jogo ruim, mas também não é um clássico instantâneo. Ele diverte por um tempo, mas não tem aquele “algo a mais” que te faz querer jogar de novo e de novo. Em um mercado cheio de jogos de luta incríveis, ele se contenta em ser apenas “ok”. Se você é fã da série, pode valer a pena dar uma chance. Mas não espere uma experiência inesquecível.
Double Dragon Revive
Desenvolvedora: Arc System Works
Plataformas: PC, PS5, Xbox
Review feito no: PC
Positivo:
Elenco jogável variado e com personalidades claras
Alguns chefes introduzem ideias interessantes e bem-vindas
Modo cooperativo traz o melhor do jogo à tona
Negativo:
Sistema de combate inconsistente, com física imprevisível
Repetitividade acentuada e pouca necessidade de variedade tática
Picos de dificuldade desalinhados com a progressão
Direção visual irregular e trilha sonora pouco marcante
Campanha curta e com pouco incentivo de rejogabilidade
Nota: 6