Em meio às homenagens a Chadwick Boseman, o eterno Pantera Negra, um de seus filmes menos celebrados está ganhando uma nova vida na Netflix. “Deuses do Egito”, produção
Em meio às homenagens a Chadwick Boseman, o eterno Pantera Negra, um de seus filmes menos celebrados está ganhando uma nova vida na Netflix. “Deuses do Egito”, produção de 2016 que dividiu opiniões, surpreendeu ao alcançar o Top 10 da plataforma, reacendendo discussões sobre seus pontos fortes e fracos. Será que o filme merece uma segunda chance? Vem comigo nessa análise!
Dirigido por Alex Proyas (o visionário por trás de “O Corvo” e “Eu, Robô”), “Deuses do Egito” nos transporta para um Egito Antigo turbulento, onde o implacável deus Set (Gerard Butler) usurpa o trono, mergulhando o reino no caos. A esperança surge na improvável aliança entre o mortal Bek (Brenton Thwaites) e o poderoso deus Horus (Nikolaj Coster-Waldau), que embarcam em uma jornada épica para restaurar a ordem.
A trama, em si, não é das piores, com elementos de aventura e fantasia que poderiam agradar aos fãs de “Percy Jackson” ou “As Crônicas de Nárnia”. No entanto, a produção enfrentou críticas severas, especialmente pelo elenco predominantemente branco interpretando divindades egípcias – uma polêmica que, infelizmente, ainda ressoa nos debates sobre representatividade em Hollywood.
Apesar das controvérsias, “Deuses do Egito” oferece alguns atrativos. Os efeitos visuais são grandiosos, com criaturas fantásticas e cenários exuberantes que transportam o espectador para um mundo de fantasia. E, claro, temos a presença de Chadwick Boseman como Thoth, o deus da sabedoria. Mesmo em um papel secundário, Boseman entrega uma atuação carismática e memorável, mostrando o talento que o consagrou como um dos grandes atores de sua geração.
Na época de seu lançamento, “Deuses do Egito” foi um fracasso de bilheteria, arrecadando US$ 150,7 milhões contra um orçamento de US$ 140 milhões. A crítica especializada não poupou o filme, com uma taxa de aprovação de apenas 15% no Rotten Tomatoes. O público, por sua vez, foi um pouco mais generoso, concedendo uma pontuação de 37%.
Agora, anos depois, o filme encontra uma nova audiência na Netflix. Será que a curiosidade em torno de Chadwick Boseman impulsionou o interesse? Ou será que o público está disposto a dar uma segunda chance a “Deuses do Egito”, apreciando seus aspectos positivos e relevando suas falhas?
Se você é fã de filmes de fantasia com muita ação e efeitos visuais impressionantes, “Deuses do Egito” pode ser uma opção interessante para passar o tempo. No entanto, esteja ciente de suas controvérsias e não espere uma obra-prima cinematográfica.
Particularmente, acredito que o filme mereça ser visto como um registro da versatilidade de Chadwick Boseman, um ator que sempre se entregou de corpo e alma a seus papéis. E quem sabe, você não se surpreende com a aventura épica e os deuses e monstros do Egito Antigo?
