Preparem seus lencinhos e espadas, porque “Demon Slayer: Castelo Infinito” chegou aos cinemas! A espera foi longa, e a expectativa estava nas alturas. Será que o filme entrega
Preparem seus lencinhos e espadas, porque “Demon Slayer: Castelo Infinito” chegou aos cinemas! A espera foi longa, e a expectativa estava nas alturas. Será que o filme entrega a mesma qualidade frenética que consagrou o anime? Como fã de carteirinha de animes de ação, fui conferir de perto e trago minhas impressões (sem spoilers, prometo!). Preparem-se para uma montanha-russa de emoções, visuais de tirar o fôlego e, claro, muita luta contra onis!
A primeira coisa que salta aos olhos em “Demon Slayer: Castelo Infinito” é a animação impecável. A Ufotable, estúdio responsável pela adaptação, elevou o nível a um patamar estratosférico. As cenas de luta são coreografadas com maestria, os efeitos especiais são de cair o queixo e a riqueza de detalhes em cada frame é simplesmente impressionante. Cheguei a me perguntar se algumas cenas não eram live-action de tão realistas! É o tipo de filme que te faz querer pausar a cada segundo para apreciar cada detalhe. Quem é fã de animações de alta qualidade, como as de “Your Name” ou “Filhos do Mar”, vai se sentir em casa.
A trama nos joga direto no clímax da história, com Tanjiro e seus companheiros partindo para o confronto final contra o temível Muzan. Mas, como nada é fácil na vida de um caçador de demônios, eles caem em uma armadilha e se veem presos no labiríntico Castelo Infinito. A partir daí, o filme se desenrola em uma série de combates eletrizantes contra onis poderosíssimos, cada um com habilidades únicas e visuais horripilantes. Preparem-se para reviver a nostalgia das batalhas épicas de “Cavaleiros do Zodíaco” e “Yu Yu Hakusho”, com muita ação, sangue e reviravoltas!
Aqui reside o maior problema de “Demon Slayer: Castelo Infinito”. O filme abusa dos flashbacks para desenvolver os personagens, tanto os heróis quanto os vilões. Se, por um lado, essa estratégia enriquece a trama e nos permite entender as motivações de cada um, por outro, ela quebra o ritmo da narrativa e pode se tornar cansativa, especialmente para quem já acompanha a série. Em alguns momentos, os flashbacks se estendem por longos minutos, interrompendo a ação e prejudicando a imersão na história. Cheguei a sentir falta de uma edição mais concisa, como em “Attack on Titan”, que equilibra bem o passado e o presente dos personagens.
A classificação indicativa para maiores de 18 anos gerou bastante polêmica, e com razão. “Demon Slayer: Castelo Infinito” não economiza no gore, com cenas de violência explícita, membros decepados e litros de sangue jorrando na tela. Se você é sensível a esse tipo de conteúdo, prepare-se para fechar os olhos em alguns momentos. Particularmente, não me incomodo com o gore, desde que ele seja usado de forma consciente e justificada pela narrativa. No caso de “Demon Slayer”, acredito que a violência extrema contribui para a atmosfera sombria e desesperadora da história, mas é importante que cada um avalie seus próprios limites.
Apesar dos problemas com os flashbacks, “Demon Slayer: Castelo Infinito” é um filme que vale a pena ser visto, principalmente para os fãs da série. A animação é impecável, as cenas de luta são de tirar o fôlego e a trama, apesar de um pouco arrastada, prende a atenção do espectador do início ao fim. Se você nunca assistiu “Demon Slayer”, talvez seja melhor começar pelo anime para entender o contexto da história e se familiarizar com os personagens. Mas, se você é fã de animes de ação e não se importa com um pouco de gore, prepare a pipoca e corra para o cinema!
Nota: 8/10
