A ansiedade era palpável entre os fãs para rever o Demolidor em sua própria série dentro do MCU, especialmente após suas aparições em outras produções. “Demolidor: Renascido” estreou no Disney+ em 4 de março de 2025 (conforme confirmado pela CNN Brasil e Sortir à Paris), marcando o retorno oficial de Charlie Cox ao papel principal e Vincent D’Onofrio como o imponente Wilson Fisk, o Rei do Crime. No entanto, os dados iniciais de audiência, divulgados pela Nielsen e reportados pelo Cinema com Rapadura, indicaram um começo mais morno do que o de outros sucessos recentes da Marvel no streaming. Os dois primeiros episódios atraíram cerca de 7,5 milhões de visualizações nos primeiros cinco dias. Embora seja um número expressivo, ficou aquém dos lançamentos de “Agatha Desde Sempre” (9,3 milhões na primeira semana) e da segunda temporada de “Loki” (10,9 milhões em três dias), não conseguindo sequer entrar no Top 10 da Nielsen em sua estreia, algo que “Invasão Secreta” e “Echo” alcançaram.

A série promete um confronto direto entre Matt Murdock e Wilson Fisk, que agora busca ambições políticas em Nova York enquanto lida com seu passado mafioso. A trama, segundo a sinopse oficial e as primeiras impressões (como as do Sortir à Paris), mergulha em um tom mais sombrio e maduro, explorando a dualidade de Murdock como advogado e vigilante, e as complexidades morais que envolvem a luta contra o crime e a corrupção na cidade. Críticas iniciais apontam um início intenso, mas com um ritmo que talvez demore a engrenar nos primeiros episódios, prometendo reviravoltas significativas mais adiante. Um ponto alto é o retorno de muitos rostos conhecidos da série original da Netflix, confirmando que a produção é uma continuação direta: além de Cox e D’Onofrio, temos Jon Bernthal (Justiceiro), Deborah Ann Woll (Karen Page), Elden Henson (Foggy Nelson), Ayelet Zurer (Vanessa Marianna) e Wilson Bethel (Mercenário) de volta, juntando-se a novatos como Michael Gandolfini e Margarita Levieva.

O desempenho inicial abaixo das expectativas levantou discussões sobre uma possível “fadiga de super-heróis” ou saturação do conteúdo da Marvel Studios, um debate recorrente nos últimos anos. Contudo, como bem aponta o Cinema com Rapadura, o Universo Cinematográfico da Marvel opera com regras próprias. Mesmo que uma série específica não atinja números estratosféricos, os personagens têm a flexibilidade de transitar entre diferentes filmes e séries, mantendo sua relevância no grande esquema narrativo. O fato de uma segunda temporada já estar prevista para maio de 2026 indica que a Marvel Studios tem planos sólidos para o futuro do Demolidor dentro do MCU, independentemente dos números de estreia. A jornada do vigilante de Hell’s Kitchen está longe de acabar.