Se você, assim como eu, é fã de comédias adolescentes clássicas dos anos 80, prepare-se para uma viagem no tempo… mais ou menos. “Driver’s Ed”, a nova comédia
Se você, assim como eu, é fã de comédias adolescentes clássicas dos anos 80, prepare-se para uma viagem no tempo… mais ou menos. “Driver’s Ed”, a nova comédia de Bobby Farrelly, tenta evocar o espírito de filmes icônicos como “Clube dos Cinco” e “Curtindo a Vida Adoidado”, mas será que consegue entregar a mesma magia? Prepare a pipoca e vem comigo nessa análise!
A premissa é a seguinte: Jeremy (Sam Nivola), um estudante do ensino médio, tem o coração partido após um telefonema nada animador da namorada que foi para a faculdade. Em um ato de desespero, ele rouba o carro do instrutor de autoescola (interpretado por Kumail Nanjiani, que sempre manda bem!) e parte em busca da amada. O problema? Seus colegas de classe – a CDF Aparna (Mohana Krishnan), a sarcástica Evie (Sophie Telegadis) e o “traficante” da escola Yoshi (Aidan LaPrete) – estão no banco de trás. E, para completar, eles ainda adotam um gato de três pernas no meio da aventura!
“Driver’s Ed” aposta em tropos clássicos de comédias adolescentes, mas nem sempre acerta a mão. As situações parecem forçadas, e o humor, por vezes, soa artificial. É como se o filme estivesse tentando nos convencer de que é engraçado, em vez de simplesmente *ser* engraçado. Particularmente, achei alguns arcos dos personagens adultos bem estranhos e exagerados.
O roteiro de Thomas Moffett tinha potencial para explorar temas como descoberta e identidade, mas acaba ficando na superfície. Personagens como Aparna e Yoshi carecem de desenvolvimento, e suas histórias não se integram à dinâmica do grupo de forma significativa. Senti falta daquela profundidade emocional que víamos em “Clube dos Cinco”, sabe?
Apesar das falhas no roteiro, o elenco se esforça para entregar o melhor. Sam Nivola, que muitos podem reconhecer de “The White Lotus”, está ótimo como o romântico incurável Jeremy. Ele me lembrou um pouco do estilo de John Cusack em filmes como “Melhor Morto” e “Digam o Que Quiserem”. Os demais jovens atores também trazem carisma para seus papéis, mas são limitados pela falta de material consistente.
“Driver’s Ed” tenta nos transportar para a atmosfera dos anos 80, mas peca na originalidade. O filme se apoia demais em clichês e resoluções fáceis, o que impede que ele se destaque. No fim das contas, é um filme divertido para passar o tempo, mas que dificilmente deixará uma marca duradoura. Se você procura algo no estilo “Superbad” ou “As Patricinhas de Beverly Hills”, talvez se decepcione um pouco.
Se você é fã de comédias adolescentes e está disposto a relevar alguns clichês, “Driver’s Ed” pode ser uma opção para um sábado à tarde. Mas não espere uma obra-prima que vá revolucionar o gênero. É um filme ok, com boas intenções, mas que não consegue alcançar todo o seu potencial.
