Preparem os lencinhos (ou os tomates, dependendo do seu nível de ceticismo)! A nova temporada de “America’s Got Talent” (AGT) já começou com tudo, trazendo à tona um
Preparem os lencinhos (ou os tomates, dependendo do seu nível de ceticismo)! A nova temporada de “America’s Got Talent” (AGT) já começou com tudo, trazendo à tona um debate que divide opiniões: até que ponto segundas chances são válidas em reality shows? A volta repentina de um participante já conhecido reacendeu a discussão sobre meritocracia, persistência e, claro, o bom e velho “script” da TV. Será que vale tudo para alcançar o estrelato?
Austin Brown, ex-vocalista do grupo Home Free (vencedor do “The Sing-Off”, da NBC, lembra dele?), resolveu tentar a sorte no “AGT” para alavancar sua carreira solo. A primeira apresentação não foi das melhores – uma versão considerada “genérica” de “When a Man Loves a Woman” não impressionou os jurados. Mas a história não parou por aí! Três dias depois, Brown reapareceu, implorando por uma nova chance e apresentando uma música original, “Somebody Believed”. E adivinha? Funcionou! A persistência (ou seria insistência?) do cantor country conquistou os jurados, gerando aplausos e reacendendo a polêmica.
A volta de Austin Brown levantou uma questão crucial: existe um limite para a persistência? Será que ele personificou o famoso clichê da “garota que se esforça demais para agradar” (só que na versão masculina)? A verdade é que a linha entre determinação e insistência inconveniente é muito tênue. No mundo da música, como em qualquer outra área, nem sempre o talento é suficiente. A rejeição faz parte do processo, e saber lidar com ela é fundamental. Mas, por outro lado, quem nunca se inspirou em histórias de superação e perseverança?
O “AGT” tem se consolidado como um palco para artistas em busca de uma nova oportunidade. Anna Saranina e Yuriyan Retriever são outros exemplos de participantes que retornaram ao programa após tentativas frustradas. Mas o caso de Austin Brown é diferente: a volta relâmpago, quase que imediata, abre um precedente perigoso. Será que, a partir de agora, veremos uma enxurrada de candidatos implorando por uma segunda chance logo após a primeira audição?
É claro que, em se tratando de reality show, as teorias da conspiração não poderiam faltar. Por que Austin Brown não apresentou a música original logo de cara? Será que os produtores já tinham essa “carta na manga” para turbinar a audiência? O próprio cantor revelou no Instagram que os produtores queriam que ele cantasse essa música. Difícil saber a verdade, mas uma coisa é certa: o “AGT” é um show de talentos, mas também um produto televisivo, e a polêmica vende (e muito!).
A história de Austin Brown nos ensina que a persistência pode ser recompensadora, mas também que é preciso ter bom senso e humildade. Nem sempre o caminho mais curto é o melhor, e nem sempre o “sim” imediato é o mais valioso. Para os futuros participantes de reality shows, fica a lição: preparem-se para a rejeição, mas não desistam dos seus sonhos. E, quem sabe, se a sua história for boa o suficiente, os produtores podem te dar aquela forcinha extra (mas não contem com isso!).
