Os quadrinhos sempre foram um campo de batalha entre a imaginação genial e o puro nonsense, e essa dualidade é parte do que os torna tão fascinantes. Eles
Os quadrinhos sempre foram um campo de batalha entre a imaginação genial e o puro nonsense, e essa dualidade é parte do que os torna tão fascinantes. Eles nos presentearam com armas lendárias, símbolos de heroísmo, como a Manopla do Infinito e o Mjolnir. Mas, para cada artefato épico, existem outros tão estranhos que parecem ter saído de um experimento criativo que deu MUITO errado! Prepare-se para uma viagem pelas armas mais bizarras e sem noção que os quadrinhos já nos entregaram. Prepare o print!
Essas armas frequentemente carecem de lógica ou mesmo de um propósito claro. E, no entanto, essa bizarrice tem seu lugar. Ela mantém os quadrinhos imprevisíveis e nos lembra que a criatividade nem sempre precisa ser segura. Às vezes, esses “acidentes” são resgatados por um escritor inteligente. Outras vezes, eles simplesmente rendem ótimas risadas. De qualquer forma, eles nos lembram que a imaginação é um esporte arriscado. E como fã de carteirinha, confesso que adoro quando os roteiristas piram nas ideias!
O Batman é famoso por estar sempre preparado para tudo, mas o Repelente de Vilãs pode ser o gadget mais ridículo de seu cinto de utilidades. Em “Batman/Planetary #1” (2003), ele usa um spray contra Jakita Wagner, uma super-humana da equipe Planetary. Se a intenção é desacelerá-la ou fazê-la revirar os olhos de tanto desgosto, não se sabe ao certo. Mas convenhamos, qual seria a composição química que afeta apenas quem tem dois cromossomos X? Batman pode ter planos de contingência para tudo, mas alguns deles merecem menos espaço no cinto, né?
A Pistola Encefálica é uma das invenções mais estranhas do Universo Marvel. Na eterna rivalidade entre Reed Richards e Doutor Destino, eles decidem usar essa geringonça para ver quem tem o maior poder cerebral. Destino, claro, sai vitorioso… ou pelo menos, é o que ele pensa. Na verdade, Reed drogou a bebida de Destino, fazendo-o alucinar a vitória. Isso torna todo o exercício inútil. A vitória de Destino não é real, e a inteligência de Richards não é validada pelo dispositivo, mas sim por sua capacidade de enganar o rival. Talvez a verdadeira medida de inteligência seria reconhecer que construir uma máquina para provar que você é mais inteligente que seu rival não é lá muito inteligente, né?
Esse vilão da Mulher-Maravilha é um ovo gigante e senciente. Sua arma predileta é o bigode, que ele usa como chicote. A ideia de um vilão usando pelos faciais como arma já é absurda, mas a excentricidade de Egg Fu não para por aí. Em sua primeira aparição, ele falava um inglês macarrônico e tinha um nome que explorava estereótipos ultrapassados. Versões posteriores sabiamente abandonaram esses elementos ofensivos, reimaginando-o como uma figura mecanizada e superinteligente. Particularmente, prefiro a versão “cientista maluco” dele.
A Pistola de Cola é uma daquelas invenções que combinam perfeitamente com seu criador, Peter Petruski, o Trapster (ou Paste-Pot Pete, como era conhecido antes). Há algo inerentemente absurdo em uma arma que dispara gosma pegajosa como ataque principal. E, embora seja forte o suficiente para causar problemas, não exala a ameaça de armamentos mais tradicionais. Alguém deveria dizer ao Trapster que ele teria mais sucesso se patentear sua fórmula adesiva e vendê-la comercialmente, em vez de usá-la para irritar o Quarteto Fantástico.
A “arma” do Arm-Fall-Off-Boy é seu próprio braço, que ele arranca do corpo e usa como clava. Seu momento mais notável foi na audição para a Legião dos Super-Heróis, onde foi rejeitado quase que imediatamente. Um braço destacável pode ter alguma utilidade em uma briga de bar, mas não inspira muita confiança em uma equipe de heróis que salvam a galáxia. Esse poder cria mais problemas do que soluções. Se o braço fosse realmente poderoso, ele poderia simplesmente mantê-lo no lugar e usar os punhos como todo mundo. Ou, melhor ainda, pegar um taco de beisebol!
