Às vezes, a gente cansa de sitcoms e séries leves, né? Aquele momento em que você precisa de algo que te faça pensar, questionar a realidade e, de quebra, te prenda do início ao fim. É aí que a ficção científica entra em cena! De uns tempos pra cá, o gênero deixou de ser nicho e se tornou mainstream, presenteando a gente com personagens complexos e tramas que dão um nó na cabeça. Pensando nisso, preparei uma lista com 10 séries sci-fi que marcaram os últimos 25 anos, seja pelo conceito original, atuações memoráveis ou impacto cultural. Confere aí!
1. ‘The Expanse’ (2015–2022): Realismo espacial que impressiona
Baseada nos livros de James S. A. Corey, “The Expanse” é daquelas séries que te fazem acreditar que a exploração espacial já é uma realidade. A trama se passa em um futuro onde a humanidade colonizou o Sistema Solar e a tensão entre a Terra, Marte e o Cinturão de Asteroides está prestes a explodir em guerra. No meio desse caos, acompanhamos a tripulação da nave Rocinante, liderada por James Holden (Steven Strait), enquanto eles se envolvem em uma conspiração que pode mudar o destino da humanidade.
O que mais me impressiona em “The Expanse” é o realismo. A série se preocupa em retratar a física do espaço, a evolução dos dialetos nas diferentes colônias e as complexas relações políticas entre os grupos. É como se “The Orville”, do Seth MacFarlane, tivesse levado a sério a parte da ciência (risos). Uma baita lufada de ar fresco para quem curte hard sci-fi!
2. ‘Fringe’ (2008–2013): Arquivos X para uma nova geração
Se você, assim como eu, sente falta de “Arquivo X”, precisa conhecer “Fringe”. A série acompanha a agente do FBI Olivia Dunham (Anna Torv) enquanto ela investiga casos bizarros que desafiam a lógica, como metamorfos, universos paralelos e experimentos genéticos que deram muito errado. Para ajudá-la nessa missão, ela conta com a ajuda do brilhante (e meio maluco) Dr. Walter Bishop (John Noble) e seu filho Peter (Joshua Jackson).
No começo, “Fringe” seguia o formato de “caso da semana”, mas, com o tempo, a série construiu uma mitologia complexa, com direito a versões alternativas dos personagens e reviravoltas de tirar o fôlego. Além disso, a série tem um toque divertido que a diferencia de outras produções sci-fi. E pra quem é fã de “Star Trek”, vale lembrar que “Fringe” marcou a última aparição de Leonard Nimoy (o eterno Spock) nas telas.
3. ‘Doctor Who’ (2005–2022): A série que inventou a ficção científica (ou quase)
Imagina se todas as ideias mais malucas da ficção científica fossem colocadas em uma só série? O resultado seria “Doctor Who”! A série acompanha as aventuras do Doutor, um alienígena que viaja no tempo e espaço em uma cabine telefônica britânica (a famosa TARDIS) para salvar civilizações, reescrever a história e, de vez em quando, partir uns corações.
Ao longo dos anos, vários atores já interpretaram o Doutor, cada um com seu próprio estilo e personalidade. Christopher Eccleston, David Tennant, Matt Smith, Peter Capaldi e Jodie Whittaker são apenas alguns dos nomes que já vestiram o casaco do personagem. “Doctor Who” é uma mistura de humor, drama e aventura que conquista fãs de todas as idades. Se você ainda não conhece, corre pra maratonar!
4. ‘Battlestar Galactica’ (2004–2009): O fim do mundo em ritmo acelerado
Em “Battlestar Galactica”, o mundo acaba em questão de minutos. Um ataque surpresa dos Cylons (robôs com forma humana) destrói as 12 colônias e deixa apenas 49 mil sobreviventes, que vagam pelo espaço em busca de um novo lar. A última esperança da humanidade é a nave Galactica, comandada pelo experiente Almirante William Adama (Edward James Olmos).
A série é um suspense do começo ao fim, com batalhas espaciais de tirar o fôlego e personagens com motivações sempre questionáveis. “Battlestar Galactica” é daquelas séries que te fazem pensar sobre o que significa ser humano e até onde iríamos para sobreviver. Não à toa, a produção ganhou um Peabody Award e é considerada uma das melhores séries sci-fi de todos os tempos.
5. ‘Westworld’ (2016–2022): Quando a inteligência artificial questiona a realidade
“Westworld” é a prova de que a ficção científica pode ser prestige, ter elementos de faroeste e ainda levantar debates filosóficos profundos. A série, baseada em um filme dos anos 70, se passa em um parque temático hiper-realista onde os visitantes podem viver suas fantasias mais sombrias sem sofrer consequências. Mas o que acontece quando os robôs que habitam o parque começam a questionar sua própria existência?
Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood) e Maeve Millay (Thandiwe Newton) são duas personagens que movem a trama de “Westworld”. A série aborda temas como consciência, livre arbítrio e a arrogância dos criadores humanos. E, em um mundo cada vez mais dominado pela inteligência artificial, a mensagem de “Westworld” se torna ainda mais relevante: o perigo não está na IA em si, mas nas mãos de quem a controla.
6. ‘Dark’ (2017–2020): Viagem no tempo com sotaque alemão
Preciso confessar: já assisti “Dark” duas vezes e, nas duas vezes, terminei a série com a cabeça explodindo. A trama é tão complexa que, a cada revisita, descubro um novo detalhe, uma nova pista, uma nova teoria. A primeira série alemã da Netflix começa como um mistério em uma pequena cidade, mas logo se transforma em uma épica saga de viagem no tempo que envolve quatro famílias ao longo de três gerações.
“Dark” exige atenção do espectador, que precisa acompanhar os personagens em diferentes épocas e entender suas relações (que, por sinal, são bem complicadas). Mas, no final, tudo se encaixa de uma forma surpreendente. Se você gosta de séries que te fazem pensar, “Dark” é uma ótima pedida.