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De “Batman & Robin” a “Madame Web”: 10 filmes tão ruins que viraram estudo de caso (e a gente ama odiar)

  • setembro 11, 2025
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Quem não adora um filme onde tudo se encaixa, os atores brilham e o final traz aquela sensação de satisfação? Mas, cá entre nós, tem algo nos filmes

De “Batman & Robin” a “Madame Web”: 10 filmes tão ruins que viraram estudo de caso (e a gente ama odiar)

Quem não adora um filme onde tudo se encaixa, os atores brilham e o final traz aquela sensação de satisfação? Mas, cá entre nós, tem algo nos filmes ruins que os faz grudar na nossa memória por muito mais tempo. Seja uma edição picotada, diálogos que parecem ter saído da cabeça de uma criança ou atuações que beiram o inacreditável, os fracassos de bilheteria e os desastres de crítica nos ensinam valiosas lições sobre o que NÃO fazer no cinema. E, sejamos sinceros, às vezes a gente até se diverte com eles!

A Bat-Catástrofe de 1997: “Batman & Robin”

“Batman & Robin” (1997) era para ser O filme do verão, mas acabou entrando para a história pelos piores motivos. Dirigido por Joel Schumacher, o longa tinha tudo para ser um sucesso: George Clooney como Batman, Chris O’Donnell como Robin, e vilões icônicos como o Sr. Frio (Arnold Schwarzenegger) e a Hera Venenosa (Uma Thurman).

Mas, gente, o que foi aquilo? A começar pelos mamilos na armadura do Batman! Sério, qual era o propósito? E a Gotham City neon, que mais parecia um parque temático? Completamente destoante do clima gótico que Tim Burton tinha estabelecido lá em 1989. Ficou claro que o filme queria vender brinquedos e produtos licenciados, com um roteiro raso e diálogos infantis. Uma verdadeira decepção que quase enterrou a franquia, não fosse Christopher Nolan resgatá-la anos depois com “Batman Begins” (2005).

“Medo”: O Thriller que Virou Comédia (Involuntária)

Eu adoro um bom thriller psicológico, mas “Medo” (Fear, 1996), com Mark Wahlberg e Reese Witherspoon, me deixou coçando a cabeça. A ideia era fazer uma versão adolescente de “Atração Fatal” (1987), mas o filme não chegou nem perto do sucesso do clássico com Michael Douglas.

A história de Nicole (Witherspoon) se envolvendo com o “bad boy” David (Wahlberg) até que podia ser interessante, mas a atuação de Wahlberg é tão canastrona que fica difícil levar a sério. O cara não convence como “bom moço” nem por um segundo! E a transformação repentina da Nicole em heroína no final? Sem falar nas cenas surreais da invasão à casa dela. “Medo” tinha potencial para discutir temas sérios como relacionamentos abusivos, mas preferiu apelar para o choque gratuito.

“A Reconquista” (Battlefield Earth): Travolta no Espaço (e no Limbo)

“A Reconquista” (Battlefield Earth, 2000) é aquele tipo de filme que te faz questionar as escolhas de carreira de John Travolta. Baseado em um livro de L. Ron Hubbard (o fundador da Cientologia), o filme é uma bagunça generalizada, com diálogos risíveis, ângulos de câmera bizarros e uma história que beira o incompreensível.

Travolta interpreta Terl, o chefe de segurança dos Psychlos, uma raça alienígena que explora a Terra há mil anos. A direção de Roger Christian é um desastre, com closes estranhos, cenários desconexos e uma paleta de cores esquisita. A atuação caricata de Travolta até poderia ser divertida se o filme não se levasse tão a sério. Uma aula de como NÃO fazer um filme!

“The Room”: O Drama que Virou Cult (por Ser Horrível)

Escrito, dirigido, produzido e estrelado por Tommy Wiseau, “The Room” (2003) é um fenômeno cult por ser simplesmente… terrível. A história de Johnny (Wiseau), um banqueiro traído pela noiva e pelo melhor amigo, tinha potencial para ser um drama emocionante, mas o resultado é bizarro.

As cenas em chroma key são toscas, os diálogos são dublados de forma amadora e as mesmas cenas se repetem em momentos diferentes. E as subtramas que nunca se resolvem? O câncer de mama da mãe da Lisa, o traficante que aparece do nada… Sem falar na atuação de Wiseau, que parece nunca ter conversado com um ser humano na vida. “The Room” é tão ruim que se tornou uma comédia involuntária, daquelas que a gente ama assistir com os amigos.

“Cats”: Uma Adaptação Felina que Deu MUITO Errado

“Cats” (2019) prometia ser uma adaptação mágica do famoso musical de Andrew Lloyd Webber, mas o resultado foi um pesadelo visual. Tom Hooper pegou uma história simples e a transformou em algo confuso e cansativo.

O elenco até era estrelado, com nomes como Rebel Wilson, Jason Derulo, James Corden e Taylor Swift, mas a gente mal tem tempo de se importar com os personagens antes que outro tome a frente. O grande problema, no entanto, é o visual dos gatos. A ideia de colocar pelos digitais e corpos realistas nos atores, mantendo seus rostos humanos, foi um erro grotesco. As proporções bizarras e o visual perturbador tiram o foco da história e mostram que nem sempre o CGI é a solução.

“Troll 2”: O Filme que Não Tem Trolls (e É Incrivelmente Ruim)

Eu adoro filmes de terror antigos, mas “Troll 2” (1990) é um daqueles que até os fãs mais dedicados do gênero têm dificuldade em assistir. Ao mesmo tempo, é um filme obrigatório para quem ama produções trash. O mais engraçado é que “Troll 2” não tem trolls! A história da família Waits, que troca de casa e vai passar as férias em Nilbog (goblin ao contrário), é uma sucessão de absurdos.

O roteiro foi escrito por uma equipe italiana que não dominava o inglês, o que explica os diálogos bizarros e o ritmo estranho. As máscaras, a maquiagem e os efeitos especiais são toscos, e a trilha sonora sintetizada só piora a situação. Apesar de tudo, “Troll 2” é um clássico do cinema ruim, daqueles que a gente não consegue esquecer.

“O Último Mestre do Ar” (The Last Airbender): Uma Adaptação que Desonrou o Original

M. Night Shyamalan é um diretor icônico, mas também um dos mais controversos. “O Último Mestre do Ar” (The Last Airbender, 2010) é um de seus trabalhos mais criticados, e com razão. A adaptação live-action da animação “Avatar: A Lenda de Aang” (Avatar: The Last Airbender) não faz jus ao material original.

O filme tenta condensar uma temporada inteira em 100 minutos, o que é um desserviço. O tom e os diálogos não têm a profundidade da série animada, e a representação dos elementos não funciona bem em live-action. Sem falar no whitewashing de personagens como Katara e Sokka, que eram inspirados em culturas Inuit e do leste asiático. Felizmente, a adaptação da Netflix tem sido mais fiel à animação original.

“Samurai Cop”: Um Policial Samurai (e um Filme Inacreditavelmente Ruim)

“Samurai Cop” (1991) é um filme que eu gostaria de apagar da minha memória. Dirigido por Amir Shervan, o filme é uma bagunça generalizada, com atuações amadoras, diálogos sem sentido e efeitos especiais inexistentes.

É evidente que o filme não teve orçamento, o que explica as cenas filmadas à luz do dia, as vozes dubladas de forma amadora e os erros técnicos gritantes. A edição é picotada, as cores não combinam e os personagens vomitam informações a cada cena. Sem falar na peruca ridícula que o protagonista usa em algumas cenas. “Samurai Cop” é mais uma comédia involuntária que se tornou cult por ser tão ruim que diverte.

“Birdemic: Shock and Terror”: Pássaros Assassinos (e um Filme Sem Pé Nem Cabeça)

“Birdemic: Shock and Terror” (2010) é uma versão bizarra de “Os Pássaros” (The Birds, 1963), de Alfred Hitchcock, mas sem a coerência do original. O filme começa como um romance e de repente se transforma em uma história sobre um apocalipse de pássaros.

A atuação é sofrível, os efeitos especiais são toscos e a história não faz sentido. Os pássaros em CGI atacam as pessoas cuspindo ácido e explodindo, sem nenhuma explicação. A mensagem sobre a preservação ambiental é forçada e didática. Tecnicamente, o filme é um desastre, com cortes de som, cenas desconexas e um final que parece uma apresentação corporativa. Inacreditavelmente, “Birdemic” ganhou duas sequências!

“Madame Web”: Uma Teia de Erros (e um Fracasso Épico)

“Madame Web” (2024) tentou ser uma história de origem feminina e realista no universo do Homem-Aranha da Sony, mas o resultado foi um desastre. O filme segue Cassandra Webb (Dakota Johnson), uma paramédica que começa a ter visões do futuro e usa seus poderes para salvar três adolescentes.

A premissa até era interessante, mas o roteiro é um desastre. Os personagens passam o filme inteiro explicando tudo em vez de deixar as cenas se desenvolverem naturalmente. As visões da Cassie anulam qualquer perigo, e a ausência do Homem-Aranha faz com que o filme pareça deslocado. O vilão é fraco, as cenas de ação são mal coreografadas e a direção é confusa. Sem falar nas inserções de marcas que tiram a imersão do espectador. Uma pena, porque a trilha sonora de Johan Söderqvist até que é boa.

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