Darkseid, o nome que ecoa como um trovão nos corredores da DC Comics, é uma figura imponente criada pelo lendário Jack Kirby. Sinônimo de mal cósmico e força indomável, ele se tornou um dos maiores vilões da editora. Mas será que o “God of Evil” está sendo usado de forma correta? Confesso que, como fã, tenho minhas dúvidas se a DC realmente sabe aproveitar todo o potencial desse antagonista.

O Legado Sombrio de Darkseid

Darkseid não é apenas um vilão, ele é uma força da natureza, a personificação do mal no Multiverso DC. Sua criação por Jack Kirby durante a saga dos Novos Deuses marcou uma era, e sua presença foi imortalizada em animações como “Superman: A Série Animada” e “Liga da Justiça”. Em histórias como “Crise Final”, ele ascendeu ao posto de ameaça cósmica, um papel que poucos personagens da DC conseguem ocupar. Atualmente, nos quadrinhos, ele é a mente sombria por trás do Absolute Universe, e a expectativa para seus próximos movimentos é alta. Mas será que essa onipotência não o torna um tanto… sem graça?

Poder Demais, Interesse de Menos?

Não me entendam mal, adoro histórias com Darkseid, mas sinto que seu poder absoluto se tornou um problema. “Crise Final” elevou o personagem a um patamar de força entrópica e maldade multiversal, o que é, inegavelmente, uma ideia genial. Contudo, essa mesma característica o transformou em um vilão previsível. A DC o colocou em um pedestal tão alto que se esqueceu de desenvolver sua complexidade. Darkseid se tornou um personagem importante demais para ser ignorado, mas pouco interessante para ser explorado.

A Mão de Midas (ou Seria de Kirby?)

Algumas das minhas histórias favoritas da DC contam com a presença de Darkseid, mas todas elas têm algo em comum: mentes brilhantes por trás. Acredito que apenas dois autores conseguem realmente capturar a essência de Darkseid: Jack Kirby e Grant Morrison. Eles entendem que Darkseid é mais do que um sujeito forte, ele é a representação da escuridão inerente à criação. Outros roteiristas o utilizam como um mero “vilão poderoso”, o que considero um erro. Afinal, como derrotar um ser praticamente invencível, cuja morte exige rituais complexos e armas divinas? Darkseid se tornou tão poderoso que colocá-lo em uma luta comum da Liga da Justiça beira o ridículo.

O Deus Que Nunca Morre

Outro ponto crucial é sua natureza divina. Darkseid é o Deus do Mal, um conceito eterno e imutável. Mesmo após ser derrotado, ele sempre retorna, pois o mal nunca desaparece por completo. Diferente de Lex Luthor, que pode perder sua fortuna e prestígio, Darkseid jamais perde seu lugar no universo. Ele é uma força primordial, e destroná-lo é uma vitória temporária. Uma das melhores decisões recentes da DC foi transformá-lo no criador do Absolute Universe, e acredito que ele deveria permanecer nessa função, atuando como a sombra por trás dos eventos, em vez de um personagem físico.

Darkseid vs. Thanos: Uma Comparação Injusta?

Muitas vezes, Darkseid é comparado a Thanos, especialmente após sua aparição no DCEU de Zack Snyder. No entanto, essa comparação me parece injusta. Thanos, apesar de seu poder, é um ser mortal, passível de derrota. Ele pode ser vencido, forçado a se reconstruir. Darkseid, por outro lado, é uma força multiversal, quase invencível e indestrutível. Acredito que a DC acertou ao transformá-lo na força motriz por trás do Absolute Universe, um ser que personifica o desespero. Darkseid não funciona como um vilão tradicional, e tentar encaixá-lo nesse papel é um desserviço ao personagem.

No fim das contas, Darkseid é um personagem fascinante, mas sua utilização como vilão deixa a desejar. E você, o que acha? Concorda que Darkseid merece um tratamento melhor? Compartilhe sua opinião nos comentários!