Preparem seus escudos, fãs da Marvel! A nova fase do Capitão América nos quadrinhos, sob a batuta de Chip Zdarsky e Valerio Schiti, não está para brincadeira. A
Preparem seus escudos, fãs da Marvel! A nova fase do Capitão América nos quadrinhos, sob a batuta de Chip Zdarsky e Valerio Schiti, não está para brincadeira. A HQ mergulha de cabeça nas complexidades morais do mundo pós-11 de setembro, confrontando o Sentinela da Liberdade com dilemas que testam seus ideais. E como se não bastasse, o vilão da vez é ninguém menos que o Doutor Destino! Será que o Capitão está preparado para os desafios que o aguardam na Latvéria?
A edição #1 nos apresentou David Colton, um personagem que ecoa a trajetória de Steve Rogers: franzino, mas com um desejo ardente de servir. A experiência de Colton no 11 de setembro o impulsionou a se alistar, mas o treinamento militar o confronta com a brutalidade da guerra. Em “Captain America #2”, vemos Colton em ação no Afeganistão, onde a realidade da guerra começa a moldar sua visão de mundo. Essa jornada sombria inevitavelmente nos lembra de outros heróis que também foram testados em situações extremas, como Batman em “Ano Um”, que teve que lidar com a corrupção e a violência nas ruas de Gotham.
A trama se intensifica quando Colton e Rogers se unem em uma missão na Latvéria para libertar diplomatas americanos. A dinâmica entre os dois é fascinante: Colton, agora um major calejado, demonstra um pragmatismo que beira o cinismo, enquanto Rogers se mantém fiel aos seus princípios. Essa tensão fica evidente quando os rebeldes latverianos sugerem atacar o Doutor Destino. Colton se opõe, priorizando a missão original, mas Rogers sente a necessidade de ajudar o povo oprimido. Essa dualidade nos faz questionar: até que ponto os fins justificam os meios?
A decisão de Rogers de ajudar os rebeldes o leva a Castle Doom, onde ele cai em uma armadilha orquestrada pelo próprio Doutor Destino. A reviravolta é chocante: o Doombot, supostamente aliado dos rebeldes, se revela um agente duplo, resultando na morte de Marius, o líder da resistência. Mas o que acontece a seguir é ainda mais surpreendente: em vez de atacar Rogers, Destino o recebe como um herói do povo latveriano! Qual será o plano do vilão? Será que ele realmente nutre algum respeito pelo Capitão América?
Essa trama complexa e cheia de nuances me lembrou um pouco da abordagem mais sombria e política vista em filmes como “Capitão América: Soldado Invernal”. A Marvel parece estar disposta a explorar temas mais profundos e a questionar os próprios mitos que construiu. E falando em mitos, o que esperar do futuro de David Colton? Será que ele seguirá os passos de John Walker, o Agente Americano, um Capitão América problemático e controverso? Ou encontrará seu próprio caminho?
Em suma, “Captain America #2” é uma leitura obrigatória para quem busca quadrinhos que vão além da ação desenfreada. Zdarsky e Schiti nos presenteiam com uma história inteligente, que nos faz refletir sobre os dilemas morais do mundo contemporâneo e o papel dos heróis em tempos de crise. A arte de Schiti é simplesmente espetacular, com sequências de ação dinâmicas e expressivas. Se você é fã do Capitão América, ou simplesmente aprecia boas histórias em quadrinhos, não perca essa nova fase do Sentinela da Liberdade!
