Atenção, tripulantes da Nostromo e fãs de carteirinha da saga “Alien”! Preparem seus detectores de movimento e ativem seus escudos, porque a nova série “Alien: Earth” chegou para
Atenção, tripulantes da Nostromo e fãs de carteirinha da saga “Alien”! Preparem seus detectores de movimento e ativem seus escudos, porque a nova série “Alien: Earth” chegou para bagunçar a timeline que a gente tanto ama (e tenta entender). Será que Noah Hawley vai conseguir explicar tudo isso? Apertem os cintos, porque a viagem vai ser turbulenta!
Como fã de “Alien” desde que me lembro, sempre adorei a atmosfera claustrofóbica, o terror visceral e, claro, os xenomorfos. Mas confesso que a cronologia da franquia sempre me deixou um pouco confusa, tipo tentar montar um quebra-cabeça no escuro. E parece que “Alien: Earth”, a nova série de Noah Hawley, só veio para adicionar mais peças (estranhas) a essa bagunça.
A série, que acompanha o caos após uma nave da Weyland-Yutani cair na Terra com “visitantes” nada amigáveis a bordo, levanta algumas questões que me fizeram coçar a cabeça e questionar tudo o que eu achava que sabia sobre o universo “Alien”. Será que a série vai responder essas perguntas ou só criar mais buracos na trama? Vamos analisar!
Logo de cara, “Alien: Earth” joga uma bomba: uma nave da Weyland-Yutani cai na Terra com um facehugger a bordo. A série não explica como essa criatura foi parar lá, mas isso levanta a seguinte questão: a empresa já sabia da existência dos xenomorfos antes dos eventos do primeiro filme?
No “Alien” original, a Nostromo é desviada para LV-426 após detectar um “sinal de socorro”. Ash, o oficial de ciências sintético, revela a Ordem Especial 937, que prioriza a captura de um xenomorfo, mesmo que isso custe a vida da tripulação. Mas até então, a gente só sabia que a Weyland-Yutani tinha conhecimento de alguma forma de vida alienígena em LV-426.
Os prequels “Prometheus” e “Alien: Covenant” expandem o conhecimento da empresa sobre os Engineers e a “goo” negra, mas nada indicava que eles sabiam dos xenomorfos *especificamente*. Será que “Alien: Earth” vai revelar que a Weyland-Yutani tinha vários departamentos secretos, cada um ignorando o que o outro estava fazendo?
Se a empresa já sabia dos xenomorfos antes, por que enviar um bando de caminhoneiros espaciais para LV-426 em vez de um esquadrão de fuzileiros navais? E o game “Alien: Isolation”, considerado canônico, mostra a Weyland-Yutani descobrindo o que aconteceu com a tripulação da Nostromo – algo que eles não precisariam fazer se já soubessem que um xenomorfo estava à solta.
Essa é a pergunta de um milhão (ou melhor, de bilhões de dólares)! Se a Weyland-Yutani já tem acesso a facehuggers em “Alien: Earth”, por que eles se esforçam tanto para conseguir um nos filmes seguintes?
Em “Alien”, a empresa sacrifica uma tripulação inteira por uma chance de capturar um xenomorfo. Em “Aliens”, eles colocam em risco uma colônia inteira, um esquadrão de fuzileiros navais e uma quantidade absurda de recursos para pegar um único espécime. Qual é a lógica disso?
A menos que todos que sabem da missão da Weyland-Yutani em “Alien: Earth” morram até o final da série, essa trama cria um buraco gigante na cronologia da franquia.
“Alien: Earth” apresenta quatro novas espécies alienígenas: um polvo ocular, insetos sugadores de sangue, uma planta carnívora e uma criatura alada. Cada uma dessas espécies parece ser tão letal quanto um xenomorfo, pelo menos em um confronto individual.
Em outras mídias de “Alien”, somos informados de que a Weyland-Yutani quer um xenomorfo para sua Divisão de Bioarmas, o que implica que eles vão usá-lo para desenvolver novas armas ou soldados, não para domesticá-lo e fazê-lo lutar por eles. Será que os avanços de combate obtidos ao dissecar e fazer engenharia reversa de um xenomorfo não poderiam ser replicados com base na biologia de uma das outras espécies?
Mesmo que o xenomorfo seja a máquina de matar perfeita, algo 80% tão eficaz, mas mais fácil de obter e controlar, não seria um investimento melhor? Fica a reflexão.
“Alien: Earth” começa com a seguinte mensagem: “No futuro, a corrida pela imortalidade virá em 3 formas: Humanos aprimorados ciberneticamente: Ciborgues, Seres artificialmente inteligentes: Sintéticos e Seres sintéticos com consciência humana: Híbridos”. No entanto, desde 1979, só vimos sintéticos na franquia “Alien”. O que aconteceu com os ciborgues e híbridos?
Considerando que Wendy, a híbrida da série, constantemente ignora ordens e faz as coisas do jeito dela, é possível que os híbridos – uma invenção da nova mega-corporação Prodigy – tenham sido descartados em favor dos sintéticos, que são mais fáceis de controlar. Mas e os ciborgues? Parece que muitas situações na franquia “Alien” poderiam ter sido resolvidas com implantes cibernéticos.
Como muitas das outras entradas nesta lista, essas formas de vida artificiais nunca mencionadas antes destacam o maior problema com os prequels: o desejo de adicionar novos elementos a um universo já estabelecido, ao mesmo tempo em que justifica por que o público nunca os viu antes.
Espero que “Alien: Earth” dê aos fãs uma razão legítima para a ausência repentina de híbridos e ciborgues após a série.
Ok, essa não é tão importante quanto as outras questões, mas o fato de que os xenomorfos, que normalmente são bípedes, agora estão correndo de quatro é, no mínimo, estranho. Xenomorfos tradicionalmente adotam algumas das características físicas encontradas em sua espécie hospedeira. A maioria dos aliens que vimos ao longo da franquia se desenvolveu em humanos, então, na maior parte do tempo, eles ficam em pé e andam eretos. Quando um xenomorfo se desenvolve em um animal de quatro patas, como no subestimado “Alien 3”, ele anda de quatro como aquele animal.
O xenomorfo em “Alien: Earth”, no entanto, supostamente nasceu de um dos humanos a bordo da nave, mas por algum motivo corre de quatro como um cachorro ou gato. Talvez seja uma escolha estilística, mas definitivamente parece contradizer algumas das lendas já estabelecidas dos xenomorfos.
E aí, o que você achou das mudanças em “Alien: Earth”? Te incomodou ou você confia que Noah Hawley vai dar uma explicação satisfatória para tudo até o final da temporada? Deixe sua opinião nos comentários!
