O mundo do entretenimento está de luto. Terence Stamp, um gigante das telas que transitou com maestria entre Hollywood e o cinema europeu, faleceu no último domingo (17). A notícia, confirmada pela família à Reuters, ecoou entre fãs e admiradores que celebram sua vasta e memorável carreira. Stamp não foi apenas um ator, mas um camaleão que personificou vilões icônicos e personagens complexos com igual talento. Sua partida deixa um vazio, mas seu legado permanece vivo em cada filme, em cada cena que ele abrilhantou com sua presença magnética.
Uma Estrela Ascende em “O Vingador dos Mares”
A jornada de Stamp no cinema começou com o pé direito em 1962, no drama histórico “O Vingador dos Mares”. Sua atuação chamou a atenção da crítica e do público, rendendo-lhe uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Imagina só, começar a carreira já concorrendo a uma estatueta! Essa estreia promissora pavimentou o caminho para uma trajetória repleta de papéis desafiadores e colaborações com grandes nomes do cinema.
De 007 a Fellini: Uma Versatilidade Inigualável
Nos anos 60, Stamp chegou a disputar o papel de James Bond, um personagem que, curiosamente, tem tudo a ver com a elegância e o charme que ele exalava. Embora não tenha se tornado o agente 007, ele encontrou seu espaço no cinema italiano, trabalhando com mestres como Pier Paolo Pasolini em “Teorema” e Federico Fellini em “Histórias Extraordinárias”. Essa fase europeia demonstra sua versatilidade e abertura para explorar diferentes estilos e narrativas.
General Zod: Um Vilão que Amamos Odiar
Os anos 70 e 80 marcaram a ascensão de Stamp em Hollywood, e foi nessa época que ele imortalizou um de seus papéis mais icônicos: o General Zod em “Superman” (1978) e “Superman II” (1980). Quem não se lembra da sua frase clássica: “Kneel before Zod!”? Ele personificou a ameaça kryptoniana com uma intensidade que o tornou um dos vilões mais memoráveis do cinema de super-heróis. Particularmente, sempre achei a interpretação dele muito mais impactante que as versões mais recentes do personagem.
“Priscilla, a Rainha do Deserto”: Um Ícone LGBTQIA+
Em 1994, Stamp surpreendeu e encantou o público ao interpretar Bernadette Bassenger em “Priscilla, a Rainha do Deserto”. O filme, um marco na representação LGBTQIA+ no cinema, mostrou a sensibilidade e o talento de Stamp ao dar vida a uma mulher trans com dignidade e humor. Sua atuação foi aclamada pela crítica e se tornou um símbolo de aceitação e diversidade. Inclusive, segundo o Deadline, ele estava super animado para uma possível sequência do filme!
Uma Despedida em “Noite Passada em Soho”
O último papel de Stamp foi no suspense “Noite Passada em Soho” (2021), de Edgar Wright. Mesmo em seus últimos trabalhos, ele demonstrava a mesma paixão e dedicação à arte de atuar. Sua presença em tela continuava magnética, e sua partida deixa um vazio no coração dos fãs.
Terence Stamp foi um ator que transcendeu gêneros e fronteiras, deixando uma marca indelével no cinema. Sua versatilidade, talento e carisma o consagraram como um dos grandes nomes da história do entretenimento. Descanse em paz, General Zod. Sua memória viverá para sempre em nossos corações e nas telas.