Preparem os cavalos e afiem os açoites, porque Django Unchained está de volta ao top 10 dos filmes mais assistidos nos EUA, mais de uma década após seu lançamento! Sim, você não leu errado. O faroeste sangrento e estilizado de Quentin Tarantino, lançado em 2012, provou que ainda tem muita bala na agulha. Mas por que esse filme, que já causou polêmica e dividiu opiniões, continua tão relevante? Vem comigo que te conto tudo!
Um retorno triunfal ao Velho Oeste (e às paradas de sucesso)
Quem diria, hein? Django, o escravo liberto interpretado magistralmente por Jamie Foxx, galopou de volta aos nossos corações (e telas) e conquistou o 5º lugar no ranking dos EUA. Um feito impressionante para um filme que já ultrapassou a marca de US$ 426 milhões em bilheteria mundial. Particularmente, acho Django Unchained um dos melhores trabalhos de Tarantino, misturando ação, drama e humor ácido na medida certa. E, pelo visto, não sou o único a pensar assim!
A receita explosiva de Tarantino: violência, estilo e polêmica
Django Unchained nunca foi um filme para os fracos de coração. A violência estilizada, marca registrada de Tarantino, está presente em cada cena, mas sempre com um propósito narrativo. O filme não romantiza a escravidão, pelo contrário, expõe a brutalidade e a crueldade do sistema escravista americano de forma visceral. E foi justamente essa abordagem que gerou debates acalorados e até boicotes na época do lançamento.
Lembro que, na época, muita gente questionou a necessidade de tanta violência e o uso excessivo de termos racistas. Mas, como fã de Tarantino, sempre entendi que ele não estava glorificando a violência, mas sim usando-a como ferramenta para chocar e provocar reflexão. E, cá entre nós, quem consegue esquecer a atuação impecável de Leonardo DiCaprio como o vilão Calvin Candie? Arrepiante!
O elenco que fez história (e causou desconforto)
E por falar em DiCaprio, preparem-se para uma curiosidade bombástica: o astro de Titanic quase desistiu de interpretar Candie por se sentir desconfortável com o uso excessivo de insultos raciais no roteiro. Quem revelou essa história foi o próprio Jamie Foxx, que contou que Samuel L. Jackson (outro mestre da atuação) teve que convencê-lo a seguir em frente.
Imagina só, o cara que interpretou Jack Dawson quase pulou fora de Django Unchained! Ainda bem que ele topou, porque sua atuação foi simplesmente memorável. E falando em elenco, não podemos esquecer de Christoph Waltz, que levou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por sua interpretação do Dr. King Schultz, o caçador de recompensas que liberta Django e se torna seu parceiro. Uma dupla improvável e inesquecível!
A defesa de Jackson e Foxx: Tarantino não tem papas na língua (e nem deve ter!)
Samuel L. Jackson, que já trabalhou com Tarantino em diversos filmes (Pulp Fiction, Kill Bill, Os Oito Odiados…), sempre defendeu a liberdade criativa do diretor. Em uma entrevista à revista Esquire, ele afirmou que censurar a linguagem dos personagens seria tirar a honestidade dos filmes. Foxx compartilha da mesma opinião e garante que nunca se incomodou com o roteiro de Django Unchained. Segundo ele, Tarantino é um cineasta disciplinado e apaixonado por contar histórias.
Eles estão certos! Tarantino não tem medo de chocar, de provocar, de cutucar feridas. Ele não está preocupado em agradar a todos, mas sim em contar histórias autênticas e relevantes. E é por isso que seus filmes são tão impactantes e duradouros.
Django Unchained: um clássico moderno que continua relevante
Seja pela direção impecável, pelo roteiro afiado, pelas atuações memoráveis ou pela polêmica que o acompanha, Django Unchained se consolidou como um clássico moderno. Um filme que nos faz rir, chorar, sentir raiva e refletir sobre um dos períodos mais sombrios da história americana. E que, mesmo após tantos anos, continua a despertar paixões e reacender debates. Se você ainda não assistiu, corre para o Peacock e prepare-se para uma experiência cinematográfica inesquecível!