Quem não ama uma boa ficção científica? Mundos futuristas, tecnologias incríveis e tramas que nos fazem questionar a realidade. Mas, sejamos sinceros, nem toda reviravolta é um golpe de mestre. Às vezes, o final de um filme consegue estragar toda a experiência, deixando aquele gosto amargo de “podia ser tão bom!”. Pensando nisso, preparei uma lista com 10 filmes de ficção científica que tinham tudo para brilhar, mas escorregaram feio no final. Prepare-se para concordar (ou discordar!) e, quem sabe, relembrar alguns momentos de pura frustração.
A Promessa e a Decepção: Quando a Ficção Científica Erra a Mão
É importante lembrar que nem só de “O Império Contra-Ataca” vive a ficção científica. Clássicos como “Planeta dos Macacos” nos mostraram que uma reviravolta bem executada pode eternizar um filme. Mas, infelizmente, nem sempre é assim. Os filmes a seguir tinham potencial, mas tropeçaram no último ato. Será que a culpa foi da pressa, da falta de criatividade ou da tentativa de chocar o público a qualquer custo? Vamos descobrir!
10) “Terminator: Genisys” (2015): Quando a Linha do Tempo Vira Salada
A franquia “Terminator” é um clássico, mas “Genisys”… Ah, “Genisys”! O filme tinha um elenco de peso (Arnold Schwarzenegger, Emilia Clarke, Jason Clarke), mas a trama, convenhamos, é confusa. Kyle Reese volta ao passado para proteger Sarah Connor, mas descobre que ela já é uma guerreira experiente, criada por um Exterminador reprogramado. Ok, até aí dá para engolir. Mas transformar John Connor em um T-3000? Sério? A ideia de infectá-lo com nanomachines e transformá-lo em vilão não agradou nem um pouco os fãs. Parece que tentaram reinventar a roda e criaram um cubo.
“Terminator: Genisys” está disponível para streaming no Paramount+ e The Roku Channel.
9) “Lucy” (2014): De Humana a Divindade em um Piscar de Olhos
“Lucy” parte de uma premissa furada: a ideia de que usamos apenas 10% do nosso cérebro. Já começamos mal. Mas, vá lá, a ficção científica permite algumas licenças poéticas. Scarlett Johansson interpreta Lucy, uma mulher que, após ser exposta a uma droga sintética, desbloqueia todo o potencial do seu cérebro. Até aí, tudo bem. O problema é que Lucy não apenas fica mais inteligente, ela adquire superpoderes e, no final, ascende a um plano superior, tornando-se “uma” com o universo. Oi? Como assim? A transformação repentina e sem explicação deixou muita gente boiando.
“Lucy” está disponível para streaming no Peacock.
8) “Sinais” (2002): Invasores Alienígenas Alérgicos à Água?
M. Night Shyamalan e suas reviravoltas… Impossível não incluir um filme dele nesta lista! “Sinais” começa com uma atmosfera tensa e misteriosa, mostrando uma família no campo lidando com o surgimento de crop circles. Aos poucos, a ameaça alienígena se torna mais evidente. O clima de suspense é ótimo, mas o final… Descobrimos que os aliens são vulneráveis à água! Mas, espera, eles invadiram um planeta com 70% de água? Alguém pode me explicar a lógica disso? A fragilidade dos invasores desfez toda a tensão construída ao longo do filme.
“Sinais” está disponível para aluguel no Amazon Prime Video.
7) “Passageiros” (2016): Romance Forçado no Espaço Sideral
“Passageiros” misturou ficção científica com romance, mas o resultado foi indigesto. A história se passa em uma nave espacial, a Avalon, que viaja rumo a um novo planeta. Para sobreviver à longa jornada, os passageiros são colocados em sono criogênico. O problema é que Jim (Chris Pratt) acorda 90 anos antes do previsto. Desesperado com a solidão, ele decide acordar Aurora (Jennifer Lawrence). Até aí, temos um drama sobre isolamento e escolhas difíceis. Mas o filme transforma a decisão egoísta de Jim em um romance. Aurora se apaixona por ele, mesmo sabendo que ele roubou seus 90 anos de vida. A mensagem final é perturbadora: um homem priva uma mulher de suas escolhas e é recompensado com o amor dela.
“Passageiros” está disponível para aluguel no Amazon Prime Video.
6) “A.I. Inteligência Artificial” (2001): Um Final Melancólico Demais para Alguns
“A.I. Inteligência Artificial” é um filme impactante, que nos faz refletir sobre a natureza da consciência e os limites da tecnologia. David (Haley Joel Osment) é um robô criado para amar incondicionalmente. Abandonado por sua família humana, ele embarca em uma jornada em busca de seu lugar no mundo. O filme levanta questões importantes sobre sentimentos, ética e o futuro da humanidade. Mas o final… No futuro distante, uma raça de seres superinteligentes revive David e lhe concede um último dia com sua mãe humana. É um final agridoce, mas que soa um tanto forçado e desnecessário para alguns, quebrando o ritmo sombrio do resto do filme.
“A.I. Inteligência Artificial” está disponível para streaming no Paramount+ e The Roku Channel.
5) “Eu Sou a Lenda” (2007): Um Sacrifício Sem Propósito?
“Eu Sou a Lenda” é um filme pós-apocalíptico baseado no livro de Richard Matheson. Will Smith interpreta Robert Neville, o último humano em Nova York, lutando para encontrar a cura para um vírus que transformou a população em criaturas noturnas. O filme é tenso e angustiante, mostrando o isolamento e a determinação de Neville. No entanto, o final original decepcionou muitos fãs. Desesperançoso, Neville se sacrifica para salvar a possível cura, em um ato que pareceu gratuito e pessimista demais. A reação foi tão negativa que lançaram um final alternativo, mais otimista. Mas o estrago já estava feito.
“Eu Sou a Lenda” está disponível para aluguel no Amazon Prime Video.
4) “Life” (2017): Terror Cósmico com Final Preguiçoso
“Life” é um filme de terror espacial que explora os perigos do contato com vida extraterrestre. A bordo da Estação Espacial Internacional, astronautas descobrem um organismo alienígena, apelidado de “Calvin”, que evolui rapidamente e se torna uma ameaça letal. O filme tem ótimos efeitos visuais e momentos de tensão genuína. Mas a reviravolta final é previsível e sem graça. A tripulação tenta enviar Calvin para longe da Terra, mas a cápsula com o alienígena acaba caindo em nosso planeta, enquanto o protagonista se perde no espaço. Um final aberto que, em vez de chocar, entedia.
“Life” está disponível para streaming no Paramount+ e Amazon Prime Video.
3) “Terminator: Salvation” (2009): Corações de Ciborgue e Más Decisões
Sim, outro filme da franquia “Terminator” nesta lista! “Salvation” tentou reinventar a série, mostrando a guerra entre humanos e máquinas no futuro. Mas as mudanças não agradaram muito os fãs. Christian Bale assumiu o papel de John Connor, mas a ausência de Arnold Schwarzenegger pesou. A ideia original era matar John Connor no final, mas vazamentos online forçaram a mudança. O resultado foi um final insatisfatório, com o ciborgue Marcus (Sam Worthington) doando seu coração humano para salvar Connor. Um gesto dramático que soou forçado e pouco apreciado.
“Terminator: Salvation” está disponível para streaming no Hulu.
2) “Hancock” (2008): Super-Herói Alcoólatra com Problemas no Paraíso
“Hancock” prometia subverter os clichês dos filmes de super-heróis. Will Smith interpreta um herói alcoólatra e desiludido, que causa mais destruição do que salva vidas. A premissa era interessante, mas o filme se perdeu no final. Descobrimos que Mary (Charlize Theron), a esposa do relações-públicas que tenta melhorar a imagem de Hancock, também tem superpoderes e uma conexão com o herói. A proximidade dos dois faz com que ambos percam seus poderes. A reviravolta soou estranha e desnecessária, como se os roteiristas tivessem ficado sem ideias.
“Hancock” está disponível para streaming no Hulu.
1) “Alien: Covenant” (2017): Explicar Demais Estraga a Magia
A franquia “Alien” tem seus altos e baixos. “Covenant” tentou ser uma sequência tanto de “Prometheus” quanto do “Alien” original. Uma tarefa ambiciosa demais. A história acompanha a tripulação da nave Covenant, que recebe um sinal de socorro em um planeta desconhecido. Como era de se esperar, as coisas dão muito errado. O maior problema de “Covenant” foi tentar explicar a origem dos Xenomorfos, o que acabou gerando mais perguntas do que respostas. Além disso, a troca de identidade entre os androides foi confusa e desnecessária. O filme tentou amarrar todas as pontas soltas, mas acabou criando um nó ainda maior.
“Alien: Covenant” está disponível para streaming no Disney+, Hulu e HBO Max.