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Retcons da DC Comics: 10 mudanças que os fãs detestaram (e com razão!)

  • setembro 9, 2025
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A DC Comics, lar de alguns dos maiores super-heróis de todos os tempos, tem uma longa e controversa história com “retcons” – aquelas mudanças retroativas que alteram o

Retcons da DC Comics: 10 mudanças que os fãs detestaram (e com razão!)

A DC Comics, lar de alguns dos maiores super-heróis de todos os tempos, tem uma longa e controversa história com “retcons” – aquelas mudanças retroativas que alteram o passado para ajustar as histórias ao presente. Se por um lado, algumas dessas alterações renderam momentos épicos, outras… bem, digamos que deixaram os fãs revoltados. Prepare-se, porque vamos mergulhar nos 10 piores retcons da DC que causaram (e ainda causam) pesadelos nos leitores!

O Assassinato de Sue Dibny em “Crise de Identidade”: Uma Mancha no Universo DC

“Crise de Identidade”, de Brad Meltzer e Rags Morales, tinha tudo para ser um clássico: mistério, suspense e reviravoltas. Mas a decisão de começar a história com o assassinato de Sue Dibny, esposa do Homem Elástico, e revelar um ataque sexual prévio por Doutor Luz, manchou a reputação da saga. A ideia de que a Liga da Justiça apagava a memória de vilões (e até de heróis!) já era polêmica, mas adicionar um elemento tão pesado como agressão sexual soou desnecessário e de mau gosto. Concordo plenamente: tornar o universo DC mais sombrio pode funcionar, mas essa definitivamente não foi a maneira certa de fazer isso.

Krypton Pós-Crise: Adeus à Nostalgia e Olá ao Frio Científico

Após “Crise nas Infinitas Terras”, a DC repaginou diversos heróis, e Superman foi um dos que mais sofreu. Krypton, antes um planeta de ciência avançada, mas com calor humano, virou uma sociedade fria onde bebês eram criados em “matrizes de nascimento” e o amor era quase proibido. Jor-El e Lara eram exceções, o que só reforçava o quão terrível era esse Krypton. A mudança pareceu uma tentativa de americanizar o Superman, apagando sua herança kryptoniana – algo que John Byrne, roteirista e artista da época, queria evitar. E, por um bom tempo, Kal-El foi o único sobrevivente, o que nos privou de personagens clássicos. Que fase sombria!

Mulher-Maravilha na Segunda Guerra Mundial: Uma Cronologia Confusa

Originalmente, a Mulher-Maravilha lutou ao lado da Sociedade da Justiça da América na Segunda Guerra Mundial. Mas, com a criação da Terra-Dois, tivemos duas versões da heroína: uma que lutou na guerra e outra que não. Após a “Crise”, a versão original foi descartada, mas a DC insiste em reinserir a Mulher-Maravilha no conflito. Primeiro, disseram que Hipólita (mãe de Diana) atuou como Mulher-Maravilha nos anos 40. Depois, tentaram fazer de Diana uma veterana da guerra. Qual a necessidade disso? A cronologia fica confusa e a história perde o sentido. Parece que a DC não se decide!

Superboy na Era Novos 52: Uma Salada de Clones e Confusão

Os Novos 52 foram um reboot controverso, e o Superboy foi uma das maiores vítimas. Na versão pós-Crise, ele era um clone de Superman criado pela Cadmus com DNA de Superman e Lex Luthor. Uma ideia genial que originou um dos jovens heróis mais carismáticos da DC. Nos Novos 52, a ideia se repetiu, mas em vez da Cadmus, foi a N.O.W.H.E.R.E. quem o criou, transformando-o em um vilãozinho edgy a serviço do governo. Para piorar, surgiu outra versão de Superboy, filho do Superman de outra Terra. Virou uma bagunça! A DC varreu tudo para debaixo do tapete, e fez bem.

Substituindo “Batman: Ano Um” por “Ano Zero”: Desnecessário!

“Ano Um”, de Frank Miller e David Mazzucchelli, é uma obra-prima que reinventou a origem do Batman pós-Crise. Uma mistura perfeita de noir e super-heróis. Ninguém sentiria falta se a DC mantivesse “Ano Um” como a origem definitiva do Batman, mas os Novos 52 tinham outros planos. Scott Snyder e Greg Capullo criaram “Ano Zero”, uma história competente, mas inferior a “Ano Um”. Convenhamos, mexer em um clássico é sempre arriscado, e nesse caso, foi totalmente desnecessário.

Os Três Coringas: Uma Explicação Desnecessária (e Ruim)

“Batman: Três Coringas”, de Geoff Johns e Jason Fabok, tem uma arte deslumbrante, mas uma história… decepcionante. A ideia de que sempre existiram três Coringas para justificar as diferentes versões do vilão ao longo dos anos não convence. E o pior é que “Joker: Ano Um” tornou essa maluquice canônica. Como um detetive do nível do Batman não percebeu que estava lidando com três pessoas diferentes? Essa ideia é tão ruim que seria melhor se nunca tivesse existido.

A “Solução” de Hawkman em “Hora Zero”: Mais Confusão do que Respostas

Hawkman sempre foi um personagem complicado, com origens que misturavam reencarnação e alienígenas. “Crise nas Infinitas Terras” só piorou a situação, e “Hora Zero” surgiu para consertar a bagunça. A solução? Fundir todas as versões do personagem em uma só, sem explicar como isso funcionava. O resultado foi um Hawkman ainda mais confuso, que afastou os fãs. Felizmente, Geoff Johns e Robert Venditti resgataram o personagem anos depois, e hoje ele está melhor do que nunca. Mas a “solução” de “Hora Zero” é algo que os fãs preferem esquecer.

O Tratamento de Wally West nos Novos 52: Uma Injustiça com o Melhor Flash

Wally West, para muitos, é o melhor Flash de todos os tempos. Mas Dan DiDio, ex-chefão da DC, não parecia gostar muito dele. Primeiro, Barry Allen ressuscitou. Depois, os Novos 52 apagaram Wally da existência. Não havia motivo para isso! Wally poderia ter sido um adolescente, voltando a ser o Kid Flash. Mas DiDio não queria Wally por perto, e os fãs ficaram furiosos. A DC tentou amenizar a situação com Wallace West, uma versão negra do personagem, mas a reação não foi positiva. No fim, Wally voltou como Flash, e Wallace conquistou seu espaço, mostrando que a rejeição inicial não tinha a ver com racismo, mas com a saudade do Wally original.

As Amazonas dos Novos 52: De Guerreiras a Piratas Estupradoras

As Amazonas foram completamente descaracterizadas nos Novos 52. Em vez de serem almas de mulheres mortas por homens, ressuscitadas em corpos perfeitos, elas viraram piratas que atacavam navios, seduziam ou forçavam os marinheiros a ter relações sexuais e os matavam. A origem da Mulher-Maravilha também mudou: ela era filha de Hipólita com Zeus. A DC percebeu a monstruosidade que criou e reverteu essa mudança logo após o fim dos Novos 52. Que bom!

A Armadura do Superman nos Novos 52: Um Crime Contra o Design

O traje do Superman é um dos designs mais icônicos dos super-heróis. As cores vibrantes, o símbolo do “S”, a ausência de máscara, a capa esvoaçante… tudo perfeito! E a história por trás dele, criado por Martha Kent com tanto amor, é linda. Mas aí vieram os Novos 52 e transformaram o traje em uma armadura. Armadura para um ser invulnerável? Sério? Tiraram o amor da equação e entregaram uma roupa sem graça. Um dos piores retcons da história da DC.

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