A minissérie atual de Nicole Maines está chegando ao fim, mas a esperança é a última que morre! Será que essa não será a despedida definitiva do Secret
A minissérie atual de Nicole Maines está chegando ao fim, mas a esperança é a última que morre! Será que essa não será a despedida definitiva do Secret Six? A HQ tem sido incrível e merecia uma vida mais longa. O Secret Six subverte a ideia tradicional de uma equipe de supervilões trabalhando juntos, especialmente com a adição de alguns “heróis” à mistura. O resultado é algo cru, poderoso e, acima de tudo, muito real. Eles são um time disfuncional, imperfeito, e isso é o que os torna tão cativantes, mesmo com um kryptoniano no meio! A premissa de acompanhar vilões fazendo coisas “vilanescas” não é exatamente nova, mas o Secret Six eleva essa fórmula a outro nível. Sem a amarra da autoridade, eles se tornaram queridinhos dos fãs, e essa nova formação não é diferente.
Essa versão da equipe tem potencial para se tornar a formação definitiva para uma nova geração de leitores. Imagina só: Dreamer, Jon Kent (o Superboy) e seu namorado Jay (também conhecido como Gossamer) juntos! Para completar o time, temos os veteranos Deadshot, Catman e Black Alice. Com Dreamer liderando, a dinâmica da equipe ganha contornos inesperados. O retorno de Catman, por exemplo, marca uma nova direção para o personagem, colocando-o em conflito com Deadshot e com o resto do time, o que adiciona uma camada extra de desconfiança. Metade da equipe sendo “heroica” e a outra nem tanto? Combinação explosiva! E Black Alice, sempre pronta para atiçar o caos só pela diversão, garante boas doses de humor. Mas o ponto alto, na minha opinião, é a forma como Maines explora a desconfiança de Jay em relação a Dreamer, criando atrito até mesmo com Jon Kent.
Nos últimos anos, a trajetória de Amanda Waller tem sido uma loucura. Ela se jogou de cabeça no lado sombrio da força, sem volta. Por isso, é tão satisfatório ver o Secret Six não só de volta à ativa, mas também desafiando Waller abertamente. As consequências de suas ações desde “Absolute Power” (uma saga recente que bagunçou o universo DC) viraram muitos de seus relacionamentos de cabeça para baixo. É ótimo ver que os personagens têm consciência de que foram manipulados. Deadshot, que antes era o braço direito de Waller, agora quer vê-la pelas costas depois de tudo que aconteceu. É revigorante ver o Deadshot pensando por si mesmo e agindo como um membro da equipe, e não como um mero peão.
Essa formação se destaca das demais por alguns motivos cruciais. Primeiro, a moralidade deles é uma bagunça! Enquanto as versões originais eram declaradamente malignas e cometiam crimes em prol de um “bem maior” distorcido, essa versão quer consertar as coisas. Todos eles foram, de alguma forma, prejudicados por Amanda Waller e querem que ela pague por seus crimes. Em vez de simplesmente matá-la, eles a capturam e a levam a julgamento, buscando uma punição legal. Os “heróis” questionam seus próprios limites morais, enquanto os “vilões” querem ajudá-los a fazer o que precisa ser feito, do jeito deles.
Essa série fez o que ninguém esperava: Nicole Maines pegou tudo o que sabíamos sobre o Secret Six desde a fase de Gail Simone (considerada a mais icônica) e virou de cabeça para baixo. Ela tornou a equipe mais nobre, mesmo que eles continuem flertando com a criminalidade. O resultado é uma reinvenção brilhante de um time que estava meio perdido no limbo há um bom tempo. A minissérie pode estar chegando ao fim, mas isso não nos impede de torcer para que essa formação volte a dar as caras no futuro.
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