A vida aos 20 e poucos anos pode ser uma montanha-russa de emoções, repleta de grandes questões e muita confusão. É uma fase de autodescoberta, onde tentamos entender
A vida aos 20 e poucos anos pode ser uma montanha-russa de emoções, repleta de grandes questões e muita confusão. É uma fase de autodescoberta, onde tentamos entender quem somos e o que queremos ser. Se essa jornada tivesse uma trilha sonora, seria uma mistura de hinos inspiradores e momentos de silêncio constrangedor. Para embalar essa fase, separei filmes que capturam essa essência de forma autêntica.
Estrelado por Winona Ryder e Ethan Hawke, “Reality Bites” se tornou um clássico dos anos 90 por capturar o caos pós-faculdade, os dramas de amizade e as ansiedades de carreira que assolam os jovens. O filme é um retrato da busca pela autenticidade, com momentos sinceros, dilemas amorosos e lutas de identidade. E a trilha sonora? Um épico do rock alternativo que define o clima da década! Quem não se lembra de suspirar com Troy e sua visão de mundo?
Uma joia indie inesquecível, “My Own Private Idaho” acompanha Scott (Keanu Reeves) e Mike (River Phoenix) em uma busca por identidade, amor e pertencimento. O filme explora temas de solidão, trauma e a sede de conexão que definem o início da vida adulta, especialmente para aqueles que vivem à margem da sociedade. É uma história sobre amizade e desgosto, considerada um dos melhores filmes queer já feitos. A atuação de River Phoenix é de partir o coração, e a química entre ele e Keanu Reeves é inegável.
Com Rachel Sennott no papel principal, “Shiva Baby” é uma comédia sombria que captura as realidades desajeitadas e ansiosas do início da vida adulta e da crise de identidade. Em um ambiente familiar peculiar, Danielle enfrenta perguntas desconfortáveis, relacionamentos complicados e a pressão para definir quem ela é. Se você gosta de filmes que te deixam ansioso e hilário ao mesmo tempo, “Shiva Baby” é perfeito! A direção é impecável, e o filme te prende do início ao fim.
Este drama indie captura a complexidade emocional da vida adulta, contando a história de uma jovem estudante de cinema que navega por suas ambições artísticas e um relacionamento romântico complicado nos anos 80. “The Souvenir” pode ser lento e complexo, mas sua honestidade e vulnerabilidade o tornam especial. Em vez de reviravoltas dramáticas, o filme foca nas experiências sutis e dolorosas que moldam quem somos. Particularmente, a fotografia do filme é linda, criando uma atmosfera imersiva que te transporta para a década de 80.
Com uma cinematografia esplêndida, “Columbus” segue duas almas perdidas: um jovem que visita seu pai doente (John Cho) e uma entusiasta da arquitetura local (Haley Lu Richardson). Eles encontram conforto um no outro enquanto lidam com suas próprias dúvidas. O filme é uma exploração gentil da responsabilidade familiar, da conexão humana e do processo de autoconhecimento. Prepare a pipoca e o cobertor para essa experiência cinematográfica única.
Estrelado por Gael García Bernal e Diego Luna, “Y Tu Mamá También” é um retrato cru da autodescoberta na casa dos 20 anos. Dois jovens despreocupados viajam pelo México com uma mulher mais velha, explorando temas como identidade, desejo e liberdade pessoal. O filme é uma metáfora pungente para navegar por paisagens emocionais e questionar quem você é e quem você quer se tornar. Prepare-se para rir, chorar e refletir sobre a vida.
Claro, o amado “Good Will Hunting” não poderia faltar nesta lista. O filme é uma exploração poderosa de autodescoberta, seguindo um jovem zelador brilhante (Matt Damon) com um intelecto genial. Com atuações inspiradoras e um roteiro honesto, “Good Will Hunting” destaca o poder da amizade e da autoaceitação. A cena em que Robin Williams fala sobre imperfeição é de arrepiar.
Antes dos virais do TikTok, havia Benjamin Braddock (Dustin Hoffman) parado em uma piscina, perdido em seus pensamentos. “The Graduate” é um retrato nítido de como é ser jovem, educado e totalmente perdido. Com uma mistura de sátira e sinceridade, o filme aborda a confusão existencial e a busca por direção na vida. O final é icônico e te deixa pensando por dias.
“Frances Ha” captura a essência de ter 27 anos e tentar se encontrar em Nova York. Estrelado por Greta Gerwig, o filme segue Frances, uma aprendiz de dança que não tem certeza de seu futuro. Com um retrato peculiar de amizade e uma cinematografia linda, “Frances Ha” abraça o caos e o desconforto de não ter tudo planejado. O filme te faz rir e chorar ao mesmo tempo, e te lembra que está tudo bem não saber o que você está fazendo.
Navegar pelos 20 e poucos anos pode parecer uma rom-com, e “The Worst Person in the World” transforma esse sentimento em uma obra-prima. O filme segue quatro anos na vida de Julie (Renate Reinsve), uma mulher que não tem certeza de quem é, o que quer fazer ou quem quer amar. A jornada de Julie é o epítome do caos da autodescoberta, com mudanças de carreira, relacionamentos e dúvidas constantes. O filme é imperfeito, abraçando a complexidade e os relacionamentos que não se encaixam em caixas.
Já que mencionei “Reality Bites”, não posso deixar de citar outro filme que marcou a geração X: “Singles”. Ambientado na cena grunge de Seattle, o filme acompanha a vida de jovens adultos em busca de amor e propósito. Com uma trilha sonora matadora e um elenco cheio de estrelas, “Singles” é um retrato divertido e nostálgico de uma época. E quem não se apaixonou por Matt Dillon como o músico Cliff Poncier?
Se você está na casa dos 20 e se sentindo perdido, saiba que você não está sozinho. Esses filmes podem te ajudar a encontrar um pouco de conforto e inspiração nessa jornada de autodescoberta.
