Ei, geeks! A série animada da Arlequina chegou chutando bundas e subvertendo expectativas, e eu, como fã de carteirinha, não poderia estar mais feliz! Desde 2019, essa animação pegou o universo insano de Gotham e transformou seus personagens em figuras hilárias, bizarras e, surpreendentemente, muito mais humanas. Mas quais personagens realmente ganharam um upgrade com essa repaginada? Vem comigo que te conto!
Bane: De Vilão Imponente a Meme Ambulante
O Bane sempre foi um cara sério, né? Aquele vilãozão fortão que quebra o Batman. Mas em “Harley Quinn”, ele virou uma paródia hilária da versão do Tom Hardy em “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”. Só que, em vez de ser um gênio do crime, ele é um cara meio bobão, incompreendido e que só quer um pouco de reconhecimento.
Apesar de ser usado para fazer rir, a série também mostra as frustrações e a solidão do Bane, o que o torna estranhamente simpático. Ele ainda tem a força bruta quando usa o Venom, mas o jeito socialmente desajeitado e o alívio cômico o transformaram em um favorito dos fãs. Quem diria que o cara que “quebrou o morcego” seria tão engraçado?
Kite Man: De Piada a Ícone Cult
Antes de “Harley Quinn”, o Kite Man era só uma piada no universo da DC, tipo o Clock King ou o Eraser. Mas a série pegou essa bizarrice e elevou a um novo nível.
Kite Man (com a voz de Matt Oberg) se tornou um dos destaques da série ao abraçar sua “nerdice”. Seu bordão, “Kite Man, hell yeah!”, virou um sucesso entre os fãs, e sua personalidade sincera e adorável o transformou em um dos azarões mais queridos de Gotham. É difícil entender o que faz do Kite Man um supervilão.
Na série, o otimismo e a sinceridade dele o transformaram em um ícone cult. Ele representa a ideia de que até o vilão mais sem graça merece seu tempo, e sua história deu a ele dignidade sem apagar suas raízes cômicas. A série também deu a ele uma profundidade inesperada através de seu romance com a Hera Venenosa. O relacionamento deles destacou a vulnerabilidade, as inseguranças e o amor genuíno de Kite Man. Apesar de o romance não ter durado, permitiu que Kite Man se tornasse mais do que um personagem gag. Ele ainda é bobo, mas também é totalmente desenvolvido, e é por isso que os fãs o amam. Ele até ganhou seu próprio spin-off animado, “Kite Man: Hell Yeah!”.
Coringa: Tentando Ser Normal… e Falhando Miseravelmente
É quase impossível fazer o Coringa parecer novo, de tantas versões que já vimos. Mas “Harley Quinn” conseguiu encontrar um ângulo diferente: o que acontece quando o Coringa tenta levar uma vida normal?
Na série, o Coringa (com a voz de Alan Tudyk) é, claro, apresentado como o ex-namorado abusivo da Arlequina, com todas as características tóxicas que os fãs já esperam. Mas, depois de perder a Arlequina e ser derrotado, o Coringa se reinventa de forma chocante. Ele se torna um padrasto suburbano, se apaixona e até se envolve na política local. Esse Coringa ainda mantém sua insanidade, mas sua história mais realista nos deu ótimas risadas e um pouco de humanidade sem sacrificar sua imprevisibilidade.
A dinâmica abusiva do Coringa com a Arlequina muitas vezes o definiu, tornando-o unidimensional em certas histórias. Ao tirá-lo desse papel, a série permitiu que ele crescesse de maneiras que os quadrinhos raramente fazem. Ele ainda é perigoso, mas agora tem… ambições? Essa evolução tornou o Coringa menos uma caricatura do caos e mais um personagem complexo e tridimensional. Essa mudança funcionou porque contrastava fortemente com seu papel habitual. Foi uma reinvenção inesperada, hilária e estranhamente emocionante que provou que o Coringa ainda pode surpreender os fãs depois de quase um século em Gotham.
Doutor Psycho: O Misógino Que Amamos Odiar
O Doutor Psycho sempre foi um dos vilões mais estranhos e problemáticos da Mulher-Maravilha. Criado nos anos 1940, o personagem era frequentemente retratado como um telepata misógino obcecado por poder. Mas “Harley Quinn” conseguiu modernizá-lo, transformando-o em uma paródia e, surpreendentemente, em uma figura cheia de nuances.
Na série, o Doutor Psycho (com a voz de Tony Hale) é um vilão desgraçado que é expulso da Legião do Mal depois que um ataque de fúria sexista viraliza. Sua personalidade abrasiva e visão de mundo ultrapassada o tornam um antagonista irritante para a equipe mais progressista da Arlequina. Ao mesmo tempo, seus poderes telepáticos muitas vezes o tornam um dos membros mais perigosos de sua equipe.
Esse equilíbrio entre fracasso cômico e ameaça legítima transformou o Doutor Psycho em um personagem de destaque. Ele é inegavelmente horrível, mas são as consequências de sua maldade que o tornam divertido. Ao explorar suas piores características e, ao mesmo tempo, dar a ele momentos de competência, a série transformou um vilão datado em uma de suas figuras mais engraçadas e memoráveis.
O Doutor Psycho já foi considerado irremediavelmente vil, com pouco apelo além de ser uma caricatura da misoginia. “Harley Quinn” deu a ele mais relevância ao satirizar essas características e torná-lo uma ameaça genuína. Ao posicioná-lo como uma relíquia risível da intolerância que precisa enfrentar seus críticos, e um telepata perigoso, a série provou que ele poderia se tornar divertido sem se tornar simpático.
Hera Venenosa: Mais Que a “Namorada da Arlequina”
A Hera Venenosa sempre foi uma das femme fatales mais icônicas da DC, muitas vezes retratada como uma ecoterrorista sedutora. Mas “Harley Quinn” deu à Hera (com a voz de Lake Bell) sua autenticidade emocional.
Em representações anteriores, a Hera era geralmente definida por seus poderes ou sua conexão com a Arlequina. Aqui, ela pode ser sua própria personagem enquanto também explora um romance de desenvolvimento lento com a Arlequina que se tornou uma das histórias centrais da série. A Hera é mais realista nesta série — ela tem ansiedades, inseguranças e preocupações da vida real, tornando-a mais identificável do que as versões anteriores.
A 5ª temporada até redefiniu a origem da Hera, enfatizando como seus poderes estão ligados ao trauma e ao isolamento. Essa reinterpretação adicionou mais nuances às suas motivações, afastando-a de uma simples ecoterrorista para alguém com profundidade emocional.
A Hera muitas vezes foi rotulada como o clichê da “vilã sedutora”. Ao dar a ela vulnerabilidade, humor e autonomia, “Harley Quinn” permitiu que os fãs a vissem como mais do que uma coadjuvante. Sua história de amor com a Arlequina é tratada com cuidado, humor e coração, sem ser sua característica definidora. Assim, transformando a Hera de uma favorita de nicho em uma das personagens modernas mais atraentes da DC.
Clayface: O Ator Dramático Que Ninguém Leva a Sério
O Clayface sempre foi um dos vilões mais trágicos do Batman — um ator cujo corpo foi transformado em argila viva, deixando-o capaz de mudar de forma, mas nunca mais voltar ao normal. Tradicionalmente, ele tem sido retratado como uma figura de terror ou um conto de advertência trágico. Mas “Harley Quinn” levou o Clayface (outro personagem com a voz de Alan Tudyk) na direção cômica de ser um “Broadway luvvie”.
A versão do programa do Clayface é obcecada por atuar a ponto de ser absurda. Seja disfarçando-se de um objeto inanimado ou fazendo monólogos exagerados e teatrais, seu amor pela atuação o torna um dos personagens mais engraçados da série.
Em vez de ficar preso em suas origens trágicas, a série animada se concentrou na personalidade teatral do Clayface. Isso deu a ele individualidade além de seus poderes, e a vantagem cômica o transformou de um vilão secundário em um personagem que o público esperava ansiosamente para ver. Ele ainda é simpático, mas agora também é uma joia cômica que rouba a cena. Ao misturar o patético com a paródia, a série o elevou a um verdadeiro destaque.
Harley Quinn: A Protagonista Que Merecíamos
É justo que a personagem que mais melhorou em “Harley Quinn” seja a própria Arlequina. Desde sua estreia em “Batman: A Série Animada”, a Arlequina passou de ajudante peculiar do Coringa a uma das anti-heroínas mais populares da DC em todas as versões da mídia. Mas sua série animada solo a consolidou totalmente como uma personagem principal por direito próprio.
Na série, a Arlequina (com a voz de Kaley Cuoco) finalmente se liberta das garras tóxicas do Coringa e forja sua própria identidade. Ela luta contra a dúvida, navega na liderança e descobre o amor verdadeiro com a Hera Venenosa. Esta série abraça totalmente o espírito caótico da Arlequina, ao mesmo tempo em que lhe dá um crescimento genuíno, algo que muitas versões anteriores apenas insinuavam.
A série não foge das falhas da Arlequina, mas as usa como parte de sua jornada. Ela é confusa, impulsiva e muitas vezes autodestrutiva. Mas ela também é leal, corajosa e genuinamente tentando melhorar. Esse equilíbrio a tornou mais complexa do que nunca, transformando-a de uma ajudante apaixonada em uma das anti-heroínas modernas mais importantes da DC.
E aí, concorda com a lista? Quais personagens você acha que a série animada da Arlequina melhorou? Conta pra gente nos comentários!