Preparem-se para um choque de testosterona (e comédia pastelão)! “Pai em Dose Dupla” e sua sequência, “Pai em Dose Dupla 2”, estão chegando à Netflix em setembro. Confesso
Preparem-se para um choque de testosterona (e comédia pastelão)! “Pai em Dose Dupla” e sua sequência, “Pai em Dose Dupla 2”, estão chegando à Netflix em setembro. Confesso que quando vi essa notícia, meu primeiro pensamento foi: “Sério? Precisava?”. Mas, como bom fã de cultura pop que sou, estou disposto a dar uma chance (ou reassistir, no caso do primeiro) para ver se a nostalgia bate forte. Afinal, quem nunca se pegou rindo de situações absurdas envolvendo pais competitivos?
A trama do primeiro filme é bem simples: Brad (Will Ferrell), um cara legal que tenta ser o melhor padrasto do mundo, tem sua vida virada de cabeça para baixo com a chegada de Dusty (Mark Wahlberg), o pai biológico “cool” e cheio de atitude. A partir daí, rola uma competição insana para ver quem é o melhor pai, com direito a cenas hilárias (e outras nem tanto). É como se fosse uma versão moderna e exagerada de “Guerra dos Roses”, só que com crianças no meio.
Já em “Pai em Dose Dupla 2”, a coisa fica ainda mais complicada com a chegada dos avôs paternos, interpretados por Mel Gibson e John Lithgow. Imagine a cena: dois pais já em conflito constante, agora tendo que lidar com seus próprios pais, cada um com uma visão diferente sobre como criar os netos. O caos está garantido!
Se você, assim como eu, cresceu assistindo comédias familiares nos anos 90 e 2000, “Pai em Dose Dupla” pode despertar um certo sentimento de nostalgia. A fórmula é a mesma: situações exageradas, personagens caricatos e uma mensagem final sobre a importância da família (mesmo que ela seja disfuncional).
Além disso, a dupla Will Ferrell e Mark Wahlberg tem uma química inegável. Eles já provaram que funcionam juntos em outros filmes, como “Os Outros Caras”, e aqui não é diferente. Mesmo que o roteiro não seja dos mais brilhantes, a entrega dos atores garante algumas boas risadas.
“Pai em Dose Dupla” bebe da fonte de outras comédias que exploram a temática da paternidade e das relações familiares. Quem não se lembra de Arnold Schwarzenegger disfarçado de professor em “Um Tira no Jardim de Infância”? Ou Ben Stiller enfrentando o sogro durão interpretado por Robert De Niro em “Entrando Numa Fria”?
A diferença é que, nesses filmes, a situação inusitada serve como ponto de partida para explorar temas mais profundos, como a importância da educação, o choque de gerações e a superação de preconceitos. Em “Pai em Dose Dupla”, o foco é mais na comédia física e nas situações absurdas, o que pode agradar a alguns e irritar a outros.
A verdade é que “Pai em Dose Dupla” nunca foi um sucesso de crítica. No Rotten Tomatoes, o primeiro filme tem apenas 30% de aprovação dos críticos, enquanto a sequência amarga 21%. O público, por outro lado, parece ter sido um pouco mais generoso, com 50% e 51% de aprovação, respectivamente.
Na bilheteria, o primeiro filme se saiu melhor, arrecadando US$ 241 milhões mundialmente, contra US$ 180 milhões da sequência. Isso mostra que, mesmo com as críticas negativas, o filme conseguiu atrair um público considerável aos cinemas.
Se você está procurando uma comédia leve e despretensiosa para relaxar e dar umas risadas, “Pai em Dose Dupla” pode ser uma boa pedida. Mas, se você é do tipo que não tolera clichês e situações forçadas, talvez seja melhor procurar outra coisa para assistir.
De qualquer forma, a chegada dos filmes à Netflix é uma boa oportunidade para matar a curiosidade (ou reviver a nostalgia) e tirar suas próprias conclusões. E quem sabe, você até se surpreende e acaba se divertindo com as desventuras de Brad e Dusty.
