Preparem suas estacas e cruzes, porque vamos mergulhar no lado sombrio da Marvel! Antes dos Vingadores e dos X-Men dominarem as telonas e os quadrinhos, a Casa das
Preparem suas estacas e cruzes, porque vamos mergulhar no lado sombrio da Marvel! Antes dos Vingadores e dos X-Men dominarem as telonas e os quadrinhos, a Casa das Ideias flertava (e muito bem!) com o terror. E no meio de vampiros clássicos e monstros atormentados, surgiu um caçador que mudou o jogo: Blade. Sim, o diurno que chutava bundas de vampiros com estilo e atitude!
Nos anos 70, a Marvel aproveitou uma brecha nas restrições de conteúdo e o crescente interesse do público pelo oculto para se aventurar no horror. Roy Thomas, então Editor-Chefe da Marvel, revelou que a empresa tinha um vasto repertório de ideias de terror, muitas delas criadas por Stan Lee. Vampiros, lobisomens, zumbis e criaturas Frankensteinianas ganharam espaço nas páginas da Marvel, mas faltava algo… um toque de modernidade.
Eis que, em 1972, Marv Wolfman e Gene Colan criaram Blade, que fez sua estreia em Tomb of Dracula #10. Diferente de Daimon Hellstrom e do Homem-Coisa, Blade exalava a aura de um super-herói, um vigilante mais preocupado em caçar monstros do que em combater o crime comum. Ele era um híbrido: humano com poderes de vampiro, mas sem as fraquezas clássicas, como a vulnerabilidade à luz do sol.
Blade não era uma vítima amaldiçoada como o Lobisomem da Noite, nem um monstro atormentado como Morbius. Ele era um cara com uma missão clara: proteger sua comunidade dos predadores sobrenaturais. E fazia isso com confiança e ousadia, sem o peso da maldição ou do medo da transformação. Essa atitude refrescante injetou uma dose de “coolness” no gênero, que tradicionalmente explorava o medo e o choque.
A vibe de Blade também refletia a crescente popularidade dos filmes de Blaxploitation, como Shaft e Superfly. Esses filmes apresentavam heróis negros, carismáticos e destemidos, lutando contra forças opressoras em suas comunidades. Blade trouxe essa estética para o horror, tirando os monstros dos castelos góticos e jogando-os nas ruas urbanas.
Blade não apenas revitalizou o gênero de terror na Marvel, mas também abriu caminho para outros personagens sobrenaturais se integrarem ao universo dos super-heróis. Ele pavimentou o caminho para filmes como “Blade, o Caçador de Vampiros” (1998), estrelado por Wesley Snipes, que popularizou ainda mais o personagem e influenciou outras adaptações de quadrinhos para o cinema. Afinal, quem não se lembra da cena icônica de Blade entrando em uma rave de vampiros ao som de “Confusion” do New Order? Puro anos 90!
Blade foi o primeiro personagem de terror da Marvel a realmente parecer um super-herói, e seu sucesso ajudou a impulsionar o gênero de terror da editora para um público mais amplo. Ele é um ícone que mostra que, às vezes, para enfrentar os monstros, é preciso ter estilo, atitude e uma estaca bem afiada. E você, o que acha do legado de Blade? Deixe seu comentário!
