Preparem os bumerangues e as máscaras, porque a nova edição de Nightwing está pegando fogo! Dick Grayson não tem um minuto de paz em Bludhaven, com inimigos bizarros como o interdimensional Zanni e sua pupila, a misteriosa Olivia Pearce, querendo recrutar o Boy Wonder para o sinistro Cirque du Sin. E como se não bastasse, ainda tem um Nite-Mite descontrolado causando o caos. Mas o que realmente me deixou de queixo caído foi a origem trágica e vilanesca de Olivia, que tem laços surpreendentes com uma organização real que aterrorizou a indústria dos quadrinhos por décadas: a Comics Code Authority (CCA).
O Que Diabos é a Comics Code Authority?
Para quem não está ligado, a CCA era tipo a “polícia moral” dos quadrinhos. Criada em resposta ao pânico generalizado causado pelo livro “Seduction of the Innocent” (Sedução do Inocente), do psiquiatra Fredric Wertham, que acusava os quadrinhos de corromper a juventude (sim, bizarro, eu sei!), a CCA estabelecia diretrizes super rígidas sobre o que podia ou não ser publicado. Imagina só, o livro afirmava que Batman e Robin promoviam “relações homoafetivas ilícitas”! A pressão foi tanta que até rolaram audiências no Senado! A CCA, embora fosse uma entidade privada, tinha um poder absurdo, já que a maioria das editoras se recusava a publicar qualquer coisa que não tivesse o selo de aprovação deles.
As regras da CCA eram bizarras: nada de crime sendo glamourizado, sexo (de qualquer tipo!), drogas, violência excessiva… Basicamente, tudo que pudesse “corromper” as mentes inocentes dos jovens leitores. Essa censura bizarra durou anos, e a DC Comics só abandonou oficialmente o selo em 2011, mas a verdade é que a autoridade da CCA já tinha ido para o beleléu há muito tempo.
A CCA Deu Origem à Nova Vilã de Nightwing?
A edição anual de 2025 de Nightwing revela que Olivia Pearce, da Spheric Solutions, tem um passado totalmente inventado. A comissária de polícia Maggie Sawyer investiga a fundo e descobre que o pai de Olivia era um advogado que defendia a versão do universo DC da CCA, usando como exemplo a HQ “Gray Ghost and Wonder Boy” (uma clara referência a Batman e Robin). A ironia? Olivia era fã de carteirinha dos quadrinhos, que usava como refúgio para escapar dos abusos do pai. Mas ele considerava as HQs “lixo corruptor” e a punia ainda mais por lê-las.
Numa noite tensa, ele a flagra com uma edição e tenta trancá-la no porão. No calor do momento, Olivia o empurra e, acidentalmente, o mata. Desesperada, ela foge e encontra abrigo numa loja de quadrinhos, onde o Zanni a encontra e a convida para se juntar ao Cirque du Sin.
Super-Heróis: A Evolução do Circo?
Colombina (a identidade vilanesca de Olivia) sequestra seu escritor de quadrinhos favorito e o força a criar uma armadilha mortal para matar o Batman, com o objetivo de recrutar o Robin. Para ela e o Zanni, os super-heróis são a evolução natural do circo: focos de insanidade e impossibilidade que inspiram e divertem. O problema é que a superabundância de heróis os tornou entediantes e arruinou o circo. Os super-heróis se tornaram mainstream e estagnados, o oposto do circo, que deveria personificar a mudança e quebrar o status quo.
Colombina claramente não entende seu próprio amor por super-heróis, dizendo que gosta da natureza perversa de vê-los quase morrer e secretamente torcer para que a próxima armadilha fatal os pegue. Essa visão distorcida é resultado da repressão que sofreu na infância, onde a esperança e a emoção que os heróis deveriam gerar eram consideradas “malignas”. Essa narrativa meta é fascinante e critica a hipocrisia de exigir pureza enquanto se deixa levar pela raiva. É uma motivação muito interessante para Colombina, e me deixa ainda mais ansiosa para ver o confronto inevitável entre Nightwing e o Zanni. É o garoto do circo contra o deus do circo!
E aí, curtiram essa pegada mais sombria e reflexiva? Nightwing Annual 2025 já está à venda nas comic shops gringas. Corram para garantir o seu!