Wuchang: Fallen Feathers chegou causando um certo burburinho no mundo dos soulslikes! O game, que mistura mitologia chinesa com a pegada sombria que a gente ama, tá dividindo
Wuchang: Fallen Feathers chegou causando um certo burburinho no mundo dos soulslikes! O game, que mistura mitologia chinesa com a pegada sombria que a gente ama, tá dividindo opiniões. Será que a Leenzee Games conseguiu entregar algo novo ou é só mais um clone de Dark Souls? Vem comigo que te conto tudo!
Uma das coisas que mais me chamou atenção (e que a crítica também elogiou bastante, segundo a IGN) é a velocidade do combate. Wuchang, a protagonista, é super ágil e tem uma variedade enorme de armas, cada uma com um estilo de luta diferente. Isso me lembrou um pouco de Nioh, que também tem essa pegada de combate rápido e estratégico. A possibilidade de trocar de arma no meio da luta é sensacional e te força a pensar rápido!
Outro ponto positivo é o sistema de habilidades. Esqueça aqueles atributos tradicionais! Aqui, você evolui através de uma árvore de habilidades bem robusta, com melhorias ativas e passivas. Essa sensação de progresso constante é viciante e te incentiva a explorar cada canto do mapa.
O sistema de Corrupção é, no mínimo, interessante. Basicamente, quanto mais você derrota humanos, mais energia negativa acumula. Se essa energia passar do limite, prepare-se para enfrentar um inimigo poderoso no local onde você perdeu a experiência. É uma mecânica que adiciona uma camada extra de estratégia, mas confesso que, às vezes, me senti mais frustrado do que desafiado.
Infelizmente, nem tudo são flores em Wuchang: Fallen Feathers. A narrativa é um dos pontos mais fracos do jogo. A história da pirata Wuchang, amaldiçoada por uma doença, tinha tudo para ser épica, mas a execução deixa a desejar. Os diálogos são muito enigmáticos e os NPCs não ajudam a construir um mundo interessante.
A falta de contexto e as revelações sem impacto me fizeram perder o interesse na história. É uma pena, porque a ambientação inspirada na mitologia chinesa é incrível, mas não consegue sustentar o peso dramático que o enredo exige.
A exploração também deixou a desejar. Os cenários são interconectados, mas o level design confuso e a falta de um mapa funcional tornam a navegação um pesadelo. A bússola que aponta os objetivos é quase inútil em áreas verticais e complexas. Me senti perdido várias vezes, o que acabou me frustrando bastante.
A direção de arte de Wuchang: Fallen Feathers é um show à parte. Os trajes, as criaturas mitológicas e os cenários são belíssimos e mostram um cuidado com a estética. No entanto, a parte técnica deixa a desejar. Texturas em baixa resolução, falhas de renderização e animações datadas comprometem a experiência visual.
Essa diferença entre o conceito e a execução técnica é um dos maiores problemas do jogo. Em um mercado tão competitivo, a imersão visual é fundamental, e Wuchang: Fallen Feathers peca nesse quesito.
Wuchang: Fallen Feathers não é perfeito, longe disso. Mas ele mostra um esforço genuíno em inovar dentro do gênero soulslike. O combate dinâmico e o sistema de habilidades criativo são pontos positivos que podem agradar quem busca uma nova experiência.
Se você é fã de soulslikes e está disposto a relevar alguns problemas, Wuchang: Fallen Feathers pode te surpreender. Mas não espere um jogo impecável como Bloodborne ou Elden Ring. É um título com potencial, mas que ainda precisa amadurecer.
