A franquia “Jurassic Park” é gigante, inegável e, vamos ser sinceros, um tanto irregular. “Jurassic World: Rebirth” até mostrou uma vontade de experimentar com novos diretores, mas será
A franquia “Jurassic Park” é gigante, inegável e, vamos ser sinceros, um tanto irregular. “Jurassic World: Rebirth” até mostrou uma vontade de experimentar com novos diretores, mas será que é suficiente? Depois de alguns filmes que dividiram (para não dizer irritaram) o público, como “Jurassic World: Domínio”, a gente precisa de um choque de talento para reacender aquela paixão por dinossauros. Preparei uma lista de diretores que, na minha humilde opinião de fã, poderiam trazer uma nova vida (pré-histórica) para a saga!
Steven Caple Jr. pode não ter um currículo extenso, mas os filmes que ele dirigiu mostram que o cara entende de revitalizar franquias clássicas. Ele assumiu a responsa de “Transformers: O Despertar das Feras” (que, sejamos honestos, foi um dos melhores filmes da saga depois de um tempo) e também mandou bem em “Creed II”, mostrando que sabe lidar com a pressão de continuar o trabalho de outros diretores.
A experiência dele com “Transformers” é especialmente interessante: ele conseguiu criar cenas de ação empolgantes com personagens gigantescos, algo que seria perfeito para um filme de “Jurassic Park”. Seja para dar um novo começo à franquia ou para continuar a história de “Rebirth”, Caple Jr. tem o que é preciso para fazer os dinossauros voltarem a rugir!
Jon Turteltaub está meio sumido, mas o cara tem um feeling para filmes de ação com uma pegada de aventura que seria perfeita para “Jurassic Park”. O exemplo mais óbvio é “Megatubarão” (The Meg), um filme sobre pessoas tentando sobreviver a uma criatura gigante. Mas ele também dirigiu “A Lenda do Tesouro Perdido” (National Treasure) e “Jamaica Abaixo de Zero” (Cool Runnings), mostrando que sabe equilibrar ação, humor e aventura.
“Megatubarão” pode ser um pouco exagerado para o tom de “Jurassic Park”, mas Turteltaub sabe como transmitir a escala e o peso de uma criatura pré-histórica gigante. E, assim como “Jurassic Park”, “Megatubarão” fez sucesso no mundo todo, então ele entende como agradar o público internacional.
A filmografia de Jaume Collet-Serra é uma caixinha de surpresas, com filmes que vão desde o terror de baixo orçamento (“A Órfã” e “The Woman in the Yard”) até os filmes de ação com Liam Neeson (“O Passageiro” e “Noite Sem Fim”). Mas o que me chama a atenção para “Jurassic Park” são os filmes de ação mais recentes dele, como “Adão Negro” (Black Adam) e “Jungle Cruise”, que mostram que ele sabe como criar cenas de ação divertidas e cheias de energia.
Nem todos os filmes de Collet-Serra são obras-primas, mas ele tem uma experiência que seria muito útil para “Jurassic Park”. Um filme de dinossauros permitiria que ele combinasse sua experiência com ação e terror, criando uma mistura explosiva. E, convenhamos, os filmes mais recentes da franquia têm deixado o terror de lado, então essa seria uma ótima forma de trazer essa vibe de volta!
A Universal Studios tem duas franquias que rendem rios de dinheiro: “Jurassic Park” e “Velozes e Furiosos”. Justin Lin é o nome por trás de alguns dos melhores filmes da saga “Velozes”, como “Velozes e Furiosos 5” e “Velozes e Furiosos 6”. Ele também dirigiu “Star Trek: Sem Fronteiras”, mostrando que sabe lidar com outras franquias de sucesso.
Eu sei, “Velozes e Furiosos” é pura insanidade, com cenas de ação que desafiam a física e o bom senso. Mas, no fundo, as duas franquias têm muito em comum: ambas fazem sucesso ignorando as críticas e apostando em cenas de ação espetaculares. E o estilo de direção de Justin Lin tem um charme que faz até os filmes mais absurdos funcionarem. Imaginem o que ele poderia fazer com dinossauros!
James Mangold é um diretor versátil, com filmes que vão desde dramas premiados até blockbusters de ação. Ele dirigiu “Ford vs Ferrari”, “Logan”, “Os Indomáveis” (3:10 to Yuma) e “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, mostrando que entende de ação. Se ele estivesse no auge de sua forma, um filme de “Jurassic Park” dirigido por ele poderia revolucionar a franquia.
A comparação mais óbvia é com “Indiana Jones”: Mangold assumiu a franquia depois de Steven Spielberg. E, mesmo que “A Relíquia do Destino” não tenha sido um sucesso unânime, a culpa não foi da direção de Mangold. Se ele tivesse a oportunidade de fazer um filme de “Jurassic Park” mais maduro e realista, ele seria uma ótima escolha.
Dan Trachtenberg chamou a atenção com o suspense “Rua Cloverfield, 10” (10 Cloverfield Lane), mas se consagrou como um dos melhores diretores de ação e terror da atualidade com “O Predador: A Caçada” (Prey) e o futuro “Predator: Killer of Killers”. O estilo de direção dele, cheio de tensão e ação, revitalizou a franquia “Predador” depois de vários filmes decepcionantes. Ele poderia fazer o mesmo com “Jurassic Park”!
Trachtenberg sabe como criar tensão e impacto, e também sabe como criar personagens humanos que o público se importa. É essa abordagem madura e com respeito pelo público que “Jurassic Park” precisa. Ele está ocupado com a franquia “Predador”, mas seria incrível ver o que ele faria com dinossauros.
Adam Wingard começou fazendo sucesso com curtas de terror e filmes como “Você é o Próximo” (You’re Next) e “The Guest”. Mas, recentemente, ele tem trabalhado em projetos maiores, como “Godzilla vs Kong” e sua sequência, “Godzilla x Kong: O Novo Império”. Esses filmes de kaiju são pura ação exagerada, com efeitos visuais incríveis, algo que poderia ser facilmente adaptado para “Jurassic Park”.
A experiência de Wingard com filmes de terror também seria útil para equilibrar o terror e a ação, que são elementos cruciais para o sucesso de “Jurassic Park”. Seus filmes podem não ser aclamados pela crítica, mas seus filmes do MonsterVerse são um sucesso de público, e é disso que “Jurassic Park” precisa depois de alguns filmes mornos.
Michael Matthews tem apenas um filme notável em sua filmografia, “Amor e Monstros” (Love and Monsters), mas é um filme de aventura com monstros tão bom que Matthews seria perfeito para “Jurassic Park”. Com um orçamento relativamente baixo, ele criou um filme de aventura bem construído, com monstros visualmente incríveis.
“Amor e Monstros” tem quase a mesma emoção que os fãs queriam em “Jurassic World: Domínio”. Por que não dar a Matthews o orçamento e a escala de “Jurassic Park”? A direção de Matthews é fundamental para o sucesso de “Amor e Monstros”, e ele se inspirou no “Jurassic Park” original para criar a tensão, a ação e os personagens. E, pelo que parece, ele não tem nenhum projeto anunciado, então seria a hora perfeita para contratá-lo!
Existem muitas opções para trazer sangue novo para a franquia, mas também seria interessante imaginar se Steven Spielberg dirigisse um novo filme de “Jurassic Park”. A reputação de Spielberg como um ícone da direção fala por si só, seja pelos dois primeiros filmes da franquia, seja por outros filmes de aventura como “Os Caçadores da Arca Perdida”, “E.T.: O Extraterrestre” e “Tubarão”.
Spielberg continua sendo produtor executivo da franquia, mas não dirige um filme desde “O Mundo Perdido: Jurassic Park” (The Lost World: Jurassic Park) em 1997. Depois de quase 30 anos, seria ótimo ver o que ele faria com a tecnologia e as inovações atuais. Se o resultado fosse parecido com a magia do filme original, valeria a pena assistir. É o sonho mais improvável, mas os fãs sempre terão esperança.
O último filme de “Jurassic Park” mostra um grupo de pessoas viajando para uma ilha abandonada cheia de criaturas pré-históricas, uma história clássica da franquia. Mas, quando se trata de filmes de aventura em ilhas com criaturas pré-históricas, o melhor dos últimos anos é “Kong: A Ilha da Caveira” (Kong: Skull Island), e o diretor Jordan Vogt-Roberts teve um papel fundamental no sucesso do filme. Às vezes, o filme parece a versão perfeita de um filme de aventura clássico de “Jurassic Park”, e é fácil imaginar o que Vogt-Roberts poderia fazer com um filme de dinossauros.
Não é só um filme de aventura com criaturas gigantes. Vogt-Roberts coloca coração, alma e charme em seus filmes, algo que lembra os melhores momentos da franquia “Jurassic Park”. Mesmo depois de anos, “Kong: A Ilha da Caveira” continua sendo um filme de aventura memorável, e é essa atemporalidade que “Jurassic Park” precisa para continuar fazendo sucesso.
