Preparem os lencinhos e abram seus corações, porque vamos falar de um filme que, se você é como eu, provavelmente viu na Sessão da Tarde quando era mais
Preparem os lencinhos e abram seus corações, porque vamos falar de um filme que, se você é como eu, provavelmente viu na Sessão da Tarde quando era mais novo e esqueceu que existia: “Peixe Grande” de Tim Burton. Sim, aquele filme com o Ewan McGregor jovem, as bruxas de olhos de vidro e… Miley Cyrus?! Se você está surpreso, espere até relembrar a magia dessa obra que mistura fantasia, drama familiar e um toque de humor macabro, tudo embalado no estilo inconfundível de Burton. Confia em mim, vale a pena revisitar!
Antes de “Hannah Montana” dominar o mundo, Miley Cyrus já mostrava seu talento em “Peixe Grande” (Big Fish, 2003). Ela interpreta Ruthie, uma das crianças que se aventura na casa da bruxa de olhos de vidro. Essa cena, aparentemente simples, é crucial para entender a essência do filme: a busca pela verdade por trás das histórias fantásticas contadas por Edward Bloom (Albert Finney) a seu filho, Will (Billy Crudup). Quem diria que a futura estrela pop estaria em um filme tão profundo e visualmente deslumbrante?
“Peixe Grande” não é só um filme sobre contos de fadas; é sobre a relação entre pai e filho, sobre como lidamos com a morte e, principalmente, sobre o poder das histórias. Edward Bloom é um contador de histórias nato, e suas narrativas fantásticas preenchem a tela com bruxas, gigantes e personagens excêntricos interpretados por um elenco de peso, incluindo Steve Buscemi e Danny DeVito.
As histórias de Edward são uma fuga da realidade ou uma forma de torná-la mais suportável? Essa é a pergunta que Will tenta responder ao longo do filme. A dinâmica entre pai e filho me lembrou um pouco de “O Labirinto do Fauno”, de Guillermo del Toro, onde a fantasia serve como um refúgio em tempos difíceis.
Se você está acostumado com o lado mais sombrio e gótico de Tim Burton, prepare-se para uma surpresa. “Peixe Grande” é, talvez, o filme mais otimista e emocional do diretor. A paleta de cores vibrantes nas cenas das histórias contrasta com o tom mais sóbrio do presente, refletindo a luta interna de Will.
A fotografia do filme é simplesmente deslumbrante, com paisagens oníricas e composições que parecem pinturas. A cena dos campos de narcisos amarelos, por exemplo, é de tirar o fôlego e demonstra o amor de Edward por sua esposa, Sandra (Jessica Lange). É um filme que te abraça e te faz acreditar na magia da vida, mesmo nos momentos mais difíceis.
No final das contas, “Peixe Grande” é uma ode ao poder das histórias. O filme nos mostra que somos as narrativas que contamos e que elas podem nos ajudar a dar sentido ao mundo ao nosso redor. Will, no final, compreende que as histórias de seu pai não são mentiras, mas sim uma forma de expressar sua essência e seu amor pela vida.
Essa mensagem ressoa muito comigo, como redatora da InnovaGeek. Afinal, o que fazemos aqui senão contar histórias sobre o universo geek que tanto amamos? Seja através de resenhas de animes, análises de filmes ou notícias sobre games, estamos sempre buscando formas de conectar as pessoas através de narrativas envolventes.
Se você procura um filme que te faça rir, chorar e refletir sobre a vida, “Peixe Grande” é a escolha perfeita. É uma obra que celebra a imaginação, a família e o poder das histórias. E, convenhamos, quem não gosta de um bom conto de fadas com um toque de Tim Burton?
Então, pegue a pipoca, prepare o lenço e embarque nessa jornada fantástica. Garanto que você não vai se arrepender! E quem sabe, você até descubra que Miley Cyrus já era uma estrela muito antes de “Hannah Montana”.
