Preparem os corações, porque vamos mergulhar no universo agridoce de Haru Akiyama, uma mangaká que chegou para subverter as expectativas do gênero yuri! Longe dos clichês de “garota
Preparem os corações, porque vamos mergulhar no universo agridoce de Haru Akiyama, uma mangaká que chegou para subverter as expectativas do gênero yuri! Longe dos clichês de “garota encontra garota”, Akiyama nos presenteia com narrativas maduras, repletas de personagens complexas, dilemas existenciais e uma melancolia que, de tão bem construída, nos faz refletir sobre a própria vida. Se você procura por histórias que vão além do romance açucarado e te convidam a explorar as nuances da alma humana, prepare-se para se apaixonar por essa autora!
Haru Akiyama pode não ser um nome tão conhecido quanto outros expoentes do yuri, mas sua importância é inegável, especialmente para quem acompanha o gênero há mais tempo. Em uma época em que o yuri ainda buscava seu espaço, Akiyama já entregava obras ousadas e comoventes, como “Octave”, um mangá que marcou uma geração de leitoras.
Pouco se sabe sobre a vida pessoal de Akiyama, além das informações que ela compartilha em seu site oficial: nasceu em Chiba em 1978, reside em Tóquio, adora alga marinha e aprecia um bom mangá acompanhado de álcool. Mas, como dizem, são suas obras que falam por si, revelando uma mente criativa e sensível, capaz de criar histórias que nos tocam profundamente.
Publicado em 2008, “Octave” é considerado a obra mais famosa e ousada de Haru Akiyama. A história acompanha Yukino Miyashita, uma ex-idol que busca se reinventar como talent manager. Em Tóquio, ela conhece Setsuko, uma compositora talentosa que trabalha anonimamente para outros artistas. O romance entre as duas floresce em meio a questionamentos existenciais, traumas do passado e a busca pela própria identidade.
A sinopse pode até parecer clichê, mas “Octave” se destaca pela profundidade de seus personagens e pela forma como Akiyama aborda temas complexos como a sexualidade, a autoaceitação e a pressão da indústria do entretenimento. Setsuko, por exemplo, é uma personagem confiante e resolvida, que sabe o que quer e não tem medo de expressar seus desejos. Já Yukino é uma jovem insegura e perdida, que precisa lidar com os fantasmas do passado e descobrir quem ela realmente é.
A sexualidade é um tema central nas obras de Haru Akiyama, especialmente em “Octave”. A autora não tem medo de explorar as dúvidas, os medos e as descobertas de suas personagens, criando narrativas honestas e sem tabus. Yukino, por exemplo, nunca teve experiências sexuais antes de Setsuko e se sente confusa em relação ao sexo e à sua própria sexualidade.
Akiyama também aborda a questão da traição em suas obras, como em “Octave” e “Iberis no Hanayome” (2021). No entanto, a traição não é apenas um elemento dramático, mas sim um catalisador para o autoconhecimento e a resolução de conflitos entre as personagens. Em “Octave”, a traição de Yukino a faz perceber o quanto ela detesta se deitar com homens e o quanto ama Setsuko. Já em “Iberis no Hanayome”, a traição é o ponto de partida para que Mitsuki, a protagonista, reconheça seus verdadeiros sentimentos por Tsuzuki.
Em “Iberis no Hanayome”, Akiyama nos apresenta Mitsuki, uma organizadora de casamentos que não se vê como noiva, e Tsuzuki, uma noiva que vive um relacionamento poliamoroso. A autora explora o conceito de amor livre e a possibilidade de amar várias pessoas ao mesmo tempo, questionando os padrões tradicionais de relacionamento.
Já em “Watashi no Blue Garnet”, que está em publicação desde 2023, Akiyama aborda temas como a dificuldade de encontrar um emprego, a pressão social e a busca pela identidade. A história acompanha Kon Inami, uma jovem que luta para se encaixar no mundo, e Ai, uma garota misteriosa que busca sua namorada desaparecida. Juntas, elas embarcam em uma jornada de autodescoberta e superação.
Haru Akiyama é uma mangaká que merece ser reconhecida por sua originalidade, sua sensibilidade e sua coragem de abordar temas complexos e relevantes. Suas obras nos convidam a refletir sobre o amor, a sexualidade, a identidade e os desafios da vida adulta, sem cair em clichês ou soluções fáceis. Se você procura por histórias que te emocionem, te façam pensar e te inspirem a ser você mesmo, não deixe de conhecer o universo de Haru Akiyama!
Particularmente, adoro como Akiyama não tem medo de mostrar o lado imperfeito de seus personagens. Eles erram, sofrem, se arrependem, mas também aprendem e crescem. Essa autenticidade é o que torna suas histórias tão cativantes e memoráveis. E você, já conhecia as obras de Haru Akiyama? Qual é o seu mangá yuri favorito? Compartilhe nos comentários!
